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Rodrigo Fernandes Barbosa

Gerente de Marketing da John Deere

OpCP66

Avanço tecnológico aplicado na colheita e no transporte
Desde o início do processo de mecanização das operações florestais, se busca a redução de custos, o aumento da produtividade e maior segurança, além da melhor eficiência energética (l/m3). Dessa forma, garantir que as máquinas florestais estejam em constante evolução é fundamental para atender às demandas do mercado em todo o ciclo produtivo. 
 
Atualmente, temos vários exemplos que retratam as inovações e os avanços tecnológicos, de maneira especial, nas atividades de colheita e transporte florestal. As tecnologias embarcadas nos harvesters, forwarders e skidders, como cabines giratórias e com nivelamento automático, sistemas inteligentes de controle de movimentos da grua e lança, automação de comandos nos cabeçotes, joysticks mais intuitivos, sistemas mais ergonômicos com balanceamento e bogie independente, além do uso da telemetria e troca de dados operacionais nas “nuvens”, definem os novos padrões operacionais, trazendo significativos ganhos de produtividade, redução de custos e, principalmente, o incremento na qualidade. Quando falamos de tecnologia, inevitavelmente temos que abordar os temas sobre conectividade e automação, ou seja, iniciativas adotadas seguindo o conceito de “menos ferro, mais inteligência”. 
 
Acreditamos que o planejamento aliado à alta tecnologia e que temas como machine learning e análise de dados farão total diferença para o futuro das operações florestais. Cada vez mais inteligentes, máquinas serão capazes de tomar decisões sozinhas a partir da análise de dados. 

É consenso que o uso das tecnologias já difundidas, principalmente por meio da telemetria, auxilia na tomada de decisão mais assertiva, na correta operacionalização dos equipamentos e na redução dos custos. 
 
Porém ainda é realidade que a falta de informação e de confiança das empresas do setor sobre o desempenho e a funcionalidade de todo o sistema agrega um desafio aos fornecedores pela busca de inovações, na forma de entregar e garantir máxima utilização de todos as tecnologias disponíveis durante o ciclo de vida do produto.

Por outro lado, atualmente, as fabricantes dedicadas ao segmento têm disponível plataformas em real time, que integram diversos serviços on-line, que ajudam a planejar, a implementar e a monitorar as operações, a mensurar tudo que foi planejado e executado, a receber mapas de produtividade e dados de operação da máquina. 

Além disso, também se podem agregar dados de ERPs, bem como de parceiros e até mesmo de outros sistemas de mercado. Atualmente, com a análise de dados e o monitoramento e a gestão remoto da frota, o produtor consegue se antecipar ao problema e corrigir erros, aumentando a eficiência operacional das máquinas em diversas atividades. 

Uma peça-chave para transformar o sistema produtivo florestal está na conectividade, com a qual o produtor não precisará mais esperar até o fim do turno para tomar uma decisão, pois terá os dados em suas mãos para chegar a uma decisão mais assertiva, em tempo real, o que resultará em uma operação mais produtiva e rentável. 

Dessa forma, cada vez mais, as empresas investem em alta tecnologia e conexão eficiente entre máquinas, desenvolvendo o que há de mais moderno em serviços e soluções integradas, aliado a um portfólio inovador e consistente para todos os portes e perfis de seus clientes. 

Podemos destacar como um dos grandes benefícios da evolução tecnológica das máquinas a disponibilidade de realizar serviços preventivos ou corretivos a distância, por meio de conexão remota (escritório–máquina) habilitando a realização de reprogramação de módulos, atualizações, orientações operacionais especializadas e diagnóstico assertivo, garantindo maior disponibilidade de máquina e redução de custos operacionais. 
 
O futuro (não muito distante) da silvicultura está na automação, com produtos sejam cada vez mais inteligentes, capazes de se autoajustar e tomar decisões sozinhos, com base na análise de dados. E isso só acontece se o produtor puder extrair todos os dados dos equipamentos e obter a máxima eficiência de todo o ciclo produtivo. 
 
Sabemos que ainda temos um bom caminho a percorrer, mas acreditamos que os novos saltos de eficiência não serão simplesmente na renovação da frota, mas por meio da ampla utilização das tecnologias, principalmente no que diz respeito à atualização de softwares. 

A tendência está clara, e isso já se reflete na procura por mais informações, consultoria e suporte especializado. Além disso, o conceito de menos “força bruta” e “mais inteligência” transformará, cada vez mais, o tipo de produtos e serviços que devem ser contratados, bem como o perfil de colaboradores dentro das empresas.