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Antonio Lemos

Presidente da Voith Paper América do Sul

AsCP22

Um mundo melhor com papel
Li, recentemente, uma pesquisa que ouviu consumidores brasileiros sobre ações associadas à sustentabilidade que esperam ver materializadas na atuação das empresas – resultado: sete entre os dez temas mais mencionados estão associados a questões ambientais. 
 
Destacaram-se, nesse ranking, práticas como retorno de recursos naturais por reflorestamento ou neutralização de carbono (1º); produtos ou serviços ambientalmente sustentáveis (2º); sem testes em animais (3º); embalagens recicláveis ou biodegradáveis (4º); atividades que não ameacem a flora e a fauna (5º); uso reduzido de água e energia ou menos resíduos gerados (7º); e investimentos para redução do impacto ambiental (9º).
 
Os resultados são do Global Positioning Sustainability, que teve sua 2ª edição conduzida em 2022 pela consultoria Walk the Talk.  Ao olhar para esses indicadores, que refletem as expectativas de mais de 4,4 mil pessoas, de 16 a 64 anos, das classes ABC de todo o País, não pude deixar de traçar um paralelo tanto com os desafios que o setor de papel e celulose já tem revertido em iniciativas ambientalmente tangíveis  quanto com o compromisso da Voith de contribuir com uma demanda urgente para o planeta: produzir de forma mais sustentável.

Sempre enxerguei a sustentabilidade ambiental não só como um movimento transformador, mas também impulsionador do desenvolvimento de novas soluções para a indústria papeleira. São esforços com benefícios gerados e ganhos obtidos, que ainda não ganharam a merecida visibilidade junto aos consumidores finais – mas que possuem relação direta com seus anseios por negócios que compartilhem mais valor com menos impacto. 

Como fornecedora pioneira em tecnologias que sempre marcaram a evolução da fabricação do papel, nossa companhia tem sido a primeira a dar exemplos – e não começamos ontem a adotar práticas sustentáveis. Entre 2012 e 2021, implementamos melhorias para consolidarmos uma economia de 56% no consumo de água e de 38% em energia em nossas operações. Desde janeiro de 2022, alcançamos a condição de neutralidade de carbono para as unidades da Voith no mundo todo. Futuramente, pretendemos intensificar nossa autogeração fotovoltaica, bem como a eficiência energética e a proporção de eletricidade renovável que utilizamos. 

Compartilho esses marcos para evidenciar o quanto são igualmente ambiciosas as metas que nos movem para tornar a atividade das papeleiras cada vez mais inteligentes e ecoeficientes. Até 2030, nossas iniciativas empreendidas com foco na descarbonização permitirão eliminar 100% das emissões de CO2 na produção de papel – por meio de soluções para digitalização da indústria, combinadas a produtos com consumo otimizado de energia e ao uso de energias renováveis. 

A partir da contínua aplicação de tecnologias disruptivas, fundamentamos, desde já, um processo de fabricação de papel completamente novo – capaz de produzir com mais qualidade e menos recursos. Estamos falando de soluções que reduzirão em 90% o consumo de água limpa e resultarão no aproveitamento de até 90% em fibras recicladas. São frentes de P&D para as quais a Voith destinará, nos próximos anos, investimentos globais da ordem de 100 milhões de euros.
 
Outros referenciais permeiam essa jornada ao estender de ponta a ponta a sustentabilidade ambiental à cadeia de celulose e papel. Estão representados, para citar alguns, por um índice de reciclagem de 70% para o papel consumido no Brasil e pela biodiversidade de 8,3 mil espécies da flora e fauna encontradas em áreas florestais conservadas e cultivadas para fins industriais por 23 fabricantes associados à Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). 

No exemplo da liderança assumida pela Voith – em prol de uma produção de papel mais eficiente e sustentável –, vejo mais do que um posicionamento. Trata-se da responsabilidade que empresas de todos os setores devem compartilhar neste momento em que o legado que podemos deixar para as gerações futuras se transforma em uma corrida contra o tempo. É sobre esse propósito que falamos em nossa campanha  Papermaking for Life. Porque a hora de estabelecermos os padrões ambientais do futuro da indústria papeleira é agora. Para, continuamente, e sempre ao lado dos nossos clientes, tornarmos o mundo melhor com papel.