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Irajá Abreu

Vice-presidente da Aretins e Deputado Federal pelo Estado do Tocantins

Op-CP-24

Tocantins: a nova fronteira

A silvicultura vem se destacando como uma das chaves para o desenvolvimento econômico do Brasil. As florestas plantadas são essenciais para a economia. De forma sustentável, o Brasil pode alcançar o nível de outros países que encontraram, no setor, o equilíbrio entre o crescimento econômico e o extrativismo de árvores com diversas finalidades. Ressaltando que a prática deve ser embasada em estudos e pesquisas de instituições que corroboram a qualificação dessa tendência mundial.

A divulgação de informações qualificadas são fundamentais para que a sociedade conheça a importância das florestas plantadas e os benefícios que  elas podem gerar. Através da geração de bens e serviços à sociedade, oferecem importantes contribuições nos aspectos econômico, social e ambiental.

Os benefícios econômicos para o desenvolvimento industrial são confirmados pela participação nos mercados global e nacional com produtos florestais, geração de divisas, bem como na arrecadação de tributos. Por meio dessas florestas, adquirem-se matérias-primas importantes, como madeira serrada para a construção civil, papel e celulose, madeira laminada para a indústria moveleira, respondendo, assim, às necessidades econômicas sem desmatamento das florestas nativas.

As atividades da cadeia produtiva do setor promovem também a geração de empregos e renda na área rural e, ao fixarem as populações no campo, auxiliam na redução do êxodo rural. As florestas plantadas se destacam como um dos principais recursos atuais  no combate às causas das mudanças do clima, devido à sua alta capacidade de fixar o carbono atmosférico.

São utilizadas para reabilitar ou proteger áreas degradadas afetadas pela erosão ou por atividades antrópicas, como a pecuária extensiva e a mineração, além da agregação de benefícios econômicos diversos.

Os benefícios ambientais compreendem, ainda, a melhoria da fertilidade do solo, a reciclagem de nutrientes e a proteção de bacias hidrográficas e da biodiversidade. Os índices econômicos apontam que o setor florestal no Brasil representa US$ 44,6 bilhões do PIB e US$ 5,6 bilhões das exportações do País, gerando 4 milhões de empregos.

O Brasil, apresentando a sétima maior área de florestas plantadas, vem, nos últimos anos, revelando um crescimento contínuo no setor – 6,8 milhões de hectares de áreas cultivadas –, representando 0,8% do solo brasileiro. O crescimento foi puxado pelos significativos plantios de eucalipto – 4,9% ao ano.

A expansão da área plantada com eucalipto é resultado, entre outros aspectos, do rápido crescimento em ciclo de curta rotação, da alta produtividade florestal e da expansão e do direcionamento de novos investimentos. O estado do Tocantins apresenta vários fatores favoráveis às florestas plantadas, como as condições climáticas e a disponibilidade de áreas para o plantio. O estado possui também características propícias para os plantios de eucalipto, teca e seringueira, principais espécies silvícolas cultivadas no Tocantins.

Com significativo crescimento em área cultivada nos últimos anos, o Tocantins surge como uma nova fronteira de florestas plantadas no Brasil. Se, em 2006, a área plantada não alcançava 17 mil hectares, em 2010, dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário –, apontam 58.021 hectares de área cultivada. O reflorestamento avança no Tocantins com aumento de 420%.

Despontou nos últimos anos, principalmente no plantio de eucalipto nas regiões norte, central e sudeste do Tocantins, demonstrando que o estado oferece  muitas condições favoráveis para o crescimento do setor. Apresentando a segunda maior bacia hidrográfica, com os rios Tocantins e Araguaia, o estado apresenta, ainda, topografia, solo e precipitação adequados para o plantio de eucalipto, pinus e outras espécies.

O Tocantins tem 5 milhões de hectares de terras degradadas, excelente topografia, sendo 82% predominantemente de superfície plana ou suavemente ondulada, o que facilita a mecanização das operações culturais. Os 7 mil km de rodovias pavimentadas facilitam o acesso às regiões de plantios. A unificação de licenciamento ambiental, para o plantio em áreas degradadas ou subutilizadas e consolidadas, é outro fator favorável nessa nova fronteira que desponta para o Brasil.