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Samantha Nazaré de Paiva

Responsável por Meio Ambiente e Certificação da Klabin

AsCP21

Além de onde os olhos podem ver
Qual é sua opinião sobre sustentabilidade? Com certeza, você, leitor da Revista Opiniões, já se deparou com essa pergunta nos últimos meses. Seja na sua empresa, com sua equipe, nas reuniões (agora virtuais) com sua família... O "ser sustentável" ganhou, de vez, espaço nas rodas de conversa e nas decisões estratégicas de todas as companhias do Brasil e do mundo. A história que víamos, até um tempo atrás, de que sustentabilidade era coisa de “ambientalista” não existe mais. Sustentabilidade é dever de todos.
 
Por isso é que, ao fazermos uma rápida pesquisa em ferramentas de busca digitais ou redes sociais, conseguimos ver um gráfico cada vez mais crescente sobre o interesse desse tema. Ao colocarmos a palavra no Google Trends, ferramenta que analisa tendências, vemos que “sustentabilidade” tem índice 90 (de 100) em popularidade com o público brasileiro. Na mesma linha de pensamento estratégico, temos outro termo que vem ganhando relevância: o ESG.
 
A sigla, composta pelo tripé de ações ambientais, sociais e de governança corporativa, também está ligada à sustentabilidade, principalmente pela urgência de entendermos – e, mais do que isso, agirmos – em prol de inovações e caminhos para unirmos a conservação ambiental, a responsabilidade social, a reputação empresarial à sustentabilidade financeira.

Ou seja: investir nesse segmento gera retorno financeiro, de valor, reputação, ao meio ambiente, à sociedade e à própria empresa. Mas devemos compreender que só pensar não é suficiente. É preciso agir. E rápido. Um dos temas que vão nortear a próxima Conferência Geral da ONU para Mudanças Climáticas, COP26, em novembro – evento no qual a Klabin terá a missão de representar todo o setor empresarial brasileiro –, será justamente a discussão de compromissos para mudanças de longo prazo, na questão ambiental. 
 
Daí você pode estar se perguntando: o que posso fazer na minha empresa, no meu dia a dia, para ajudar? Em primeiro lugar, é preciso ter objetivos claros e atingíveis de curto, médio e longo prazos embasados na ciência. O segundo passo é compartilhar cada um deles com todos os stakeholders, para que façam parte de um sistema. Na sequência, é mensurar através de indicadores, com análises constantes de resultados. 

Vou usar a Klabin como exemplo. A Companhia sempre teve como traço marcante de sua cultura organizacional o engajamento de seus colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços e parceiros no sentido de ser sustentáveis. Tudo o que fazemos é pensado em promover inovações que reúnam o cuidado ao meio ambiente, o respeito ambiental, a inovação tecnológica, uma logística adequada, a análise de riscos e o menor impacto possível ao meio ambiente. Só que, nos últimos anos, decidimos ir além.

Estamos buscando, por exemplo, aumentar nossa matriz energética renovável produzida a partir de biomassa e licor negro em todos os nossos processos produtivos. No ano passado, atingimos a marca de 92% de participação de fontes renováveis na matriz energética e temos objetivos ainda maiores. Também temos como meta reduzir em 20% o consumo de água em nosso processo produtivo, além de reforçar nosso posicionamento positivo no balanço de CO2. Hoje, capturamos e fixamos mais CO2 da atmosfera por meio de nossas florestas do que as nossas operações industriais emitem e temos, ainda, um saldo positivo do balanço de 4,7 milhões de toneladas de CO2eq.
 
Tudo isso demonstra o avanço do compromisso firmado que a empresa possui com os princípios do Pacto Global e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, e lançamos os KODS - Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável, com metas de curto, médio e longo prazo, impulsionados pelos ODS, que organizam os marcos ambientais, sociais e de governança, prioritários e aderentes ao plano estratégico de crescimento e à visão de longo prazo da Klabin. 

E de onde vem tudo isso? Como falamos, do entendimento de que tudo está conectado Por isso que sustentabilidade está conectada desde o início de nossa operação no chão da floresta até o caminhão de entrega dos nossos produtos, já com os nossos clientes. E não acaba aí, afinal, reciclagem também faz parte das nossas atividades pensando de maneira integrada. Isso é ser sustentável, é pensar no futuro, nas próximas gerações. E, quando falamos de futuro, não podemos nos limitar somente às ações do dia a dia. Temos que olhar para além de onde os olhos podem ver.