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Sabrina de Branco

Diretora de Relações Corporativas, Comunicação e Sustentabilidade na Bracell

AsCP21

Sustentável do começo ao recomeço
Atuar em um setor que traz a sustentabilidade em sua essência é ter a oportunidade de colocar em ação muito do que se ouve falar em boas práticas, especialmente ambientais e sociais. As indústrias de papel e celulose têm nas florestas plantadas sua principal matéria-prima e conseguem praticar atitudes sustentáveis ao longo de todo o seu processo produtivo, do começo ao recomeço.
 
O setor de florestas plantadas tem, cada vez mais, buscado liderar as iniciativas sustentáveis, contribuindo para a diminuição da pressão pelas florestas nativas – uma vez que se comprometem com o desmatamento zero –, ajudando a preservar recursos hídricos, solo e a biodiversidade, com a formação de corredores ecológicos e o monitoramento efetivo das espécies, além de mitigar os gases de efeito estufa.

Qual outro setor consegue, por exemplo, preservar quase seis milhões de hectares de mata nativa (isso mesmo: 60 bilhões de metros quadrados) e, somando à sua área de florestas plantadas, ainda consegue contribuir com a absorção de 4,5 bilhões de toneladas de gás carbônico da atmosfera? Estamos falando de retirar da atmosfera o equivalente às emissões do Brasil por dois anos !!!
 
O setor já tem sido um forte líder para o alcance da NDC brasileira no Acordo de Paris, que inclui como uma das suas metas a restauração e o plantio de 12 milhões de hectares de florestas nas próximas décadas, além do compromisso de redução de gases de efeito estufa. Estamos falando de um setor que pode também ser o grande aliado do Governo Federal no atingimento da Meta Nacional Florestal do Plano Nacional de Florestas Plantadas do MAPA, que prevê o plantio de mais dois milhões de hectares de florestas comerciais até 2030, em substituição a áreas antropizadas. 
 
Quando vamos para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que integram a Agenda Global 2030 da ONU, esse setor consegue ter sinergia com diversos objetivos de grande relevância, sejam eles com foco em preservação ambiental ou no desenvolvimento socioeconômico. Mas a maior contribuição do setor é com o ODS 15 (Vida terrestre), que tem como objetivo proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, evitar e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
 
Trata-se de um setor que se destaca na economia brasileira não apenas por gerar produtos de primeira necessidade para toda a população e por sua grande competitividade, mas, especialmente, por estar fundamentado em bases sustentáveis e com grande potencial de expansão. Programas de melhoramento genético e nutrição florestal, aliados a modernas técnicas de plantio e colheita florestal, colocaram o Brasil na vanguarda da produção florestal.
 
É importante destacar, ainda, a capacidade técnica do setor em responder de forma rápida às demandas impostas por mercados cada vez mais exigentes e, especialmente, pelas mudanças climáticas. Algumas empresas do setor já são carbono negativas ou estão caminhando para isso; outras estão investindo em equipamentos e processos que tornem suas fábricas capazes de operar sem o uso de combustíveis fósseis. Boa parte delas já são autossuficientes em energia e geram energia verde excedente para disponibilizar ao GRID nacional.
 
Por se tratar de um negócio que demanda ações e investimentos de longo prazo, as empresas sabem que, além de atender a questões ambientais e econômicas, também é necessário desenvolver a região através da geração de valor compartilhado, como o melhor caminho para o crescimento sustentável. Então, mais que a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, contribuição com impostos para municípios, estados e o País, as organizações do setor investem em robustos projetos de responsabilidade social em diferentes áreas. Muitas ainda desenvolvem programas de parcerias florestais com produtores locais, inclusive com a adoção de atividades de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). 
 
E, historicamente, há registros do crescimento do IDH nos municípios onde essas empresas desenvolvem atividades predominantes. Assim, está mais do que claro o fundamental papel das indústrias de florestas plantadas na agenda e nos planos estratégicos de sustentabilidade. E as empresas acreditam que, aliando a conservação ambiental, o bem-estar da população e os resultados financeiros, o caminho para o sucesso de forma sustentável está garantido.