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Derci Alcantara

Diretor de Agronegócios do Banco do Brasil

Op-CP-04

O desenvolvimento florestal brasileiro

O Banco do Brasil tem o respeito ao meio ambiente como demarcador de suas práticas administrativas e negociais. Para isso, vem desenvolvendo esforços para integrar as questões ambientais às práticas negociais e administrativas da Empresa. A participação do BB em programas que apóiam, direta ou indiretamente, a sustentabilidade do meio ambiente é fundamental na aplicação de recursos, em vista da capilaridade de sua rede de agências e da identidade com o público do agronegócio.

Exemplo disso é a atuação do Banco no Programa BB Florestal e no BB Agricultura Orgânica. Com o objetivo de participar dos esforços globais para a responsabilização das empresas na conservação e manutenção do meio ambiente, o Banco tem assumido compromissos importantes, como a assinatura de protocolo para a disseminação da Agenda 21, desenvolvimento de uma Agenda 21 Empresarial e apoio ao Programa Brasileiro para Produção e Uso do Biodiesel.

De acordo com o relatório da WWF (Fundo Mundial para a Natureza), divulgado em 27 de janeiro de 2006, apresentado no Fórum Econômico Mundial em Davos, o Banco do Brasil é a instituição financeira no Brasil que mais investe em políticas socioambientais. As florestas brasileiras apresentam os maiores índices de biodiversidade e de ecossistemas no mundo. As matas garantem também a circulação da quinta parte de toda a água doce disponível do planeta.

Além disso, o Brasil possui uma das mais avançadas tecnologias do mundo para o desenvolvimento de florestas plantadas e para a recuperação de áreas degradadas. A nossa produtividade é superior a da Finlândia, por exemplo, um dos líderes do mercado mundial, e a silvicultura brasileira é reconhecida como uma das mais evoluídas do mundo.

A sustentabilidade e a competitividade da indústria florestal dependem da expansão da área de plantio, atualmente em 5,5 milhões de hectares. O setor florestal brasileiro movimenta US$ 20 bilhões/ano (5,76% do Saldo da Balança Comercial Brasileira) e gera US$ 3,8 bilhões/ano de impostos. Hoje, ocupa a 3ª posição no saldo das exportações do agronegócio brasileiro, perdendo somente para os complexos soja e carne.

No ano em que o Brasil completou 100 anos de florestas plantadas (2005), o Banco do Brasil lançou o Programa BB Florestal, com o objetivo de incrementar a produção florestal no país. A previsão inicial era de financiar o segmento com R$ 225 milhões (150 mil hectares, até 2009). Entretanto, o volume contratado, somente no ano de 2005 (R$ 135 milhões), superou as expectativas com relação ao sucesso do programa. No período, foram realizadas mais de 4,8 mil operações em 14 estados do Brasil, com destaque para São Paulo, com financiamentos que totalizam R$ 66 milhões, e Rio Grande do Sul, com R$ 36 milhões.

Dentre os diversos itens financiáveis, o BB apóia a recomposição e a manutenção de áreas de preservação e de reservas legais, contribuindo para a legalização de áreas que necessitem adequar-se à legislação ambiental. O Banco também financia florestas de cunho comercial, o que reduz a pressão na utilização de madeiras oriundas de florestas nativas.

Além de dispor de linhas de crédito específicas para o financiamento do segmento, temos ainda a possibilidade de estruturar operações para atendimento das demandas das grandes indústrias, com o desenvolvimento de modelos particulares para plantio de florestas próprias, de forma a atender demandas mais específicas do setor.

Esse portfólio de linhas de crédito oferece alternativas de financiamento e volume de recursos adequados ao incremento de novos negócios, tendo como público-alvo toda a cadeia florestal, desde os mini e pequenos produtores rurais da agricultura familiar, até a agricultura empresarial, passando pelas cooperativas e pelas empresas exportadoras e processadoras de produtos florestais.

Além disso, o Banco do Brasil implementou ações no sentido de aumentar a participação neste mercado, cumprindo exigências ambientais e adotando o manejo sustentado de florestas. Foram assinados Protocolos de Intenções com os Ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura e Pecuária, para desenvolver ações no sentido de garantir o devido cumprimento das exigências governamentais. Igualmente, foram assinados Convênios de Cooperação Técnica com os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso.

O Banco do Brasil tem financiado também o plantio da acácia-negra que, juntamente com cultura do eucalipto e do pinus, constitui-se na espécie mais expressiva, no que concerne a florestas plantadas.  A concentração de financiamento da acácia-negra dá-se no estado do Rio Grande do Sul, que vem sendo explorada por pequenos produtores, suprindo empresas do setor florestal brasileiro, que, por sua vez, atendem demandas do Brasil e do exterior, para a produção de tanino e energia.

No estado do Mato Grosso, o Banco do Brasil tem financiado o plantio de teca, que se apresenta como alternativa de recuperação de áreas de pastagens abandonadas e degradadas. Além de conter a pressão de desmatamento sobre florestas primárias, o plantio dessa espécie promove o desenvolvimento social, econômico e ecológico nessa região. Dessa forma, o Banco do Brasil está contribuindo, não só para o desenvolvimento socioeconômico do país, mas também para a sustentabilidade do meio ambiente.