Gerente e Diretor de Relacionamento com o Cliente da Savcor
Op-CP-20
O setor florestal brasileiro, além de contribuir com uma parcela significativa no desenvolvimento da economia do País, é responsável por impulsionar o desenvolvimento tecnológico e inovações. Destaque deve ser dado às operações de colheita e transporte de madeira, que, desde o início do processo de mecanização, vêm a cada ano, surpreendendo com seus avanços e positivos resultados. Um dos motivos desse contínuo desenvolvimento é que, dentre os componentes do custo da madeira, podem-se atribuir 85%, às vezes mais, a essas etapas. Por esse motivo, o cuidado e atenção recebidos.
Esses segmentos estão sempre inovando e rebalizando seus processos, de modo a aprimorar os resultados, desde o melhoramento genético e produções de muda até a reorganização de pátios de madeira, passando por espaçamentos de plantio e fertilizações. Praticamente, toda a cadeia produtiva está, assim, sujeita às demandas que possam corroborar a etapa de colheita e transporte de madeira.
Sendo assim, atualmente a colheita e o transporte de madeira têm contado com importantes ferramentas para planejamento e controle das operações de campo. As ferramentas de planejamento podem ser segmentadas em três principais:
O uso de ferramentas de otimização nos três âmbitos do planejamento tem contribuído para significativas reduções de custo, que têm variado entre 5 e 7%, ocasionadas principalmente por ganhos operacionais. Outro ganho importante desses três âmbitos de planejamento integrados é a garantia de uma floresta mais ordenada e a entrega de produtos dentro das especificações requeridas.
Dessa maneira, cada vez mais se faz necessário considerar o dimensionamento da colheita florestal como parte integrante do processo de planejamento estratégico, tático e operacional. Somente assim é possível otimizar a alocação dos recursos e, consequentemente, maximizar os investimentos, pois a colheita, além de deter um dos maiores orçamentos, é também responsável por intervir diretamente na mobilização de equipes e máquinas.
Quanto às ferramentas de gestão das operações de colheita e transporte, cabe ressaltar o uso de equipamentos capazes de mensurar automaticamente a produção e enviar essas informações via satélite, ou via GPRS (rede de celular) à central de dados. Esse tipo de ferramenta tem aproximado a gestão dessas operações e proporcionado que ações sejam tomadas a tempo de se intervir nos processos, a fim de se atingir determinadas metas.
O uso desse tipo de ferramenta com conexões remotas é recente no Brasil, todavia já vem sendo utilizada em países nórdicos há pelo menos cinco anos. Cabe ainda ressaltar o termo “colheita de precisão”, que deve tornar-se cada vez mais comum, tendo em vista a disponibilidade de tecnologias para envio remoto de dados, que, somados a um inventário florestal cada vez mais preciso, tem se tornado viável através da tecnologia LiDAR Aerotransportado (Sensor Laser originalmente desenvolvido para o mapeamento de terreno), provendo superfícies de produção dentro do talhão; temos, assim, um cenário ótimo para aplicação e uso de ferramentas de colheita de precisão, permitindo o monitoramento da produtividade em tempo real.
Outro item muito importante, que está conectado à colheita de precisão é o microplanejamento. Essa ferramenta tem gerado benefícios operacionais, através da determinação de melhores percursos, mapeamento das distâncias de arraste, direção de queda, alocação de estoque, bem como sequenciamento e dimensionamento de equipes.
Além disso, tem contribuído também para a sustentabilidade do processo através da minimização da compactação do solo, minimização de impacto às áreas naturais e também para o manejo da paisagem. O desenvolvimento tecnológico e as inovações na colheita e transporte de madeira não estão apenas relacionados ao monitoramento das máquinas e equipamentos utilizados em campo, mas também à conectividade e comunicação entre as equipes de campo.
Afinal de contas, essas pessoas é que viabilizam e fazem com que as operações aconteçam, e cabe aos gestores prover um bom planejamento e as ferramentas adequadas. Empresas que contam com gestores participativos no desenvolvimento tecnológico tendem a apresentar bons indicadores de eficiência operacional. As inovações no setor florestal têm firmado um processo cada vez mais eficiente, graças ao planejamento integrado e otimizado de recursos, que maximiza os resultados corporativos, colaborando para o manejo sustentável das florestas e na conectividade das equipes de campo.