Me chame no WhatsApp Agora!

Eduardo Possamai

Gerente de Segurança e Operações Florestais da Sylvamo

OpCP66

A parceria e o microplanejamento como ferramentas de sucesso
Quando trabalhamos com as atividades florestais da colheita e da logística, não há como separar uma da outra, tal a importância e a sintonia que elas têm para a obtenção de um resultado satisfatório, garantindo, assim, o abastecimento das unidades fabris com os alicerces de segurança, qualidade, produtividade e custos atraentes.

Torna-se, portanto, fundamental que colheita e logística caminhem juntas, pois, caso essa “parceria” não prospere, acaba ocasionando uma ruptura no processo de madeira colhida e disponibilizada para o transporte, quebrando uma sequência lógica e eficiente que, futuramente, resulta em uma grave tendência de desabastecimento na cadeia de fibra virgem, que pode parar uma operação de fábrica, causando um prejuízo sem precedentes para a companhia. 
 
Para evitar esse tipo de situação e gerar eficiência nesses dois segmentos, estabelecemos um nível de inteligência dentro da colheita florestal, corroborando também uma eficaz estratégia de transporte, o verdadeiro “ganha-ganha” para ambos os lados. Primeiramente, é fundamental trabalharmos de forma conjunta, e não isolada; é necessário olhar de maneira ampla, por exemplo, quando executamos a colheita não olhando as consequências ou impacto negativos que podemos causar no transporte, como depósito de madeira em estradas e contornos impraticáveis, não condicionar no transporte a colheita a depositar a madeira produzida, em pontos que acabam limitando a capacidade de produção da máquinas florestais (longas distâncias de arraste ou baldeio). Atualmente, temos uma liderança e um time focando na colheita, assim como outra liderança na equipe de logística de transporte, o que é muito usado nas estruturas operacionais das empresas florestais. 
 
Estimulamos o trabalho em equipe e colaborativo, para evitar criar um clima competitivo que pode prejudicar ambas as estruturas. Dessa forma, cada um cumpre seus objetivos e metas, não de uma forma única e exclusivamente do seu ponto de vista, mas pensando em um objetivo comum, que é o funcionamento do processo como um todo. 

A comunicação e, principalmente, a atitude de colaboração devem estar presentes na rotina de todos, levando, de forma homogênea e harmoniosa, essa relação para um bem maior: o resultado em alto nível de forma global para a Companhia. Falando puramente na inteligência da colheita, pode-se trabalhar com níveis de profundidade na análise de dados das máquinas e equipamentos via sofisticados sistemas de telemetria, contribuindo, de modo interessante, em ótimos resultados para essa operação e permitindo uma visão mais ampla de todas as fases, como: pontos a serem trabalhados de maior repetição de paralisação das máquinas em termos de manutenção mecânica, seleção apurada no nível de operadores para elevar os índices de produtividade, controle de rastreamento da frotas no transporte de madeira, CCOs - Centro de Controle de Operações com uma distribuição homogênea dos caminhões, para evitar concentração de veículos nos momentos de carregamento ou descarga. 
 
Outro ponto que pode trazer uma significativa contribuição na execução com sucesso dessas atividades está efetivamente na qualidade do processo de microplanejamento, que antecede o início da colheita florestal.O principal objetivo da inteligência e da estratégia estabelecidas em um mesmo plano é trazer, de forma preventiva, problemas que possam resultar em significativas perdas.

Dessa forma, temos uma dinâmica uniforme e adequada para a colheita e para o fluxo dos caminhões se antecipando a todas essas situações adversas. Para o aspecto logístico, temos uma outra ponta, que é a chegada e a descarga dos caminhões carregados na área de preparação de madeira das fábricas, onde é necessário ter o controle, bem como metas estabelecidas de tempos internos e externos e plena organização dentro do pátio de madeira para cada etapa a ser praticada para caso haja necessidade de uma intervenção no processo, para alavancar esse ciclo de transporte.
 
Dentro dessa perspectiva do microplanejamento, essa atividade desenvolvida no campo conta com os vários fatores envolvidos nesse conjunto de operações, como: as lideranças da colheita, do transporte, de estradas, pessoal da segurança e de pessoas do georreferenciamento. Além disso, temos a integração e sinergia sendo observadas in loco, e a área a ser colhida e transportada, que traz uma discussão extremamente benéfica do ponto de vista das situações a serem enfrentadas e da busca de soluções para cada envolvido nesta demanda, resultando em ações homogêneas que beneficiam todo o processo.

Com toda essa estratégia implementada, temos, então, um equilíbrio com os ganhos e benefícios para todos os departamentos, como
a inteligência de colher seus melhores frutos estabelecida na colheita florestal, com visão plena de como começar da forma certa e onde terminar, e, para o transporte e todo o sistema de fluxo dos caminhões, se otimiza tempo e agilidade em toda a cadeia. Todos se sentem efetivos com essa participação e realizando uma construção de um processo sólido, coerente e equilibrado, tendo sempre um panorama amplo de curto e longo prazo, que se sustenta nessas complexas atividades de colheita e transporte florestal.