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Alexandre Schettino de Castilho

Gerente do Departamento de Colheita e Logística da Cenibra

Op-CP-27

Colheita e logística

A demanda constante por ganhos de produtividade e melhoria na ergonomia dos postos de trabalho tem levado as empresas a inovarem e a investirem em avanços tecnológicos. Essa tecnologia está presente em nosso país por meio dos principais fornecedores mundiais de equipamentos florestais. Entretanto, precisamos desenvolver novos processos, adequando esses recursos ao padrão de nossas florestas, topografia e clima.

Aliados a essa tecnologia disponível, necessitamos estar atentos ao desenvolvimento e à capacitação de nossos empregados por meio de treinamentos e implantação de mecanismos que possam evitar ou minimizar a ocorrência de acidentes. A retenção de nossos talentos é essencial ao desenvolvimento sustentável de nossas atividades.

Na busca pelo aprimoramento dos processos florestais, a Cenibra investe continuamente na renovação do parque de máquinas de colheita florestal, ampliando as alternativas para o aumento do índice de mecanização, uma vez que toda a madeira produzida é proveniente de regiões montanhosas ou com topografias acentuadas. Essas condições exigem sistemas de colheita especiais.

Dos atuais 253.000 ha de área bruta, 128.000 ha correspondem à área plantada, sendo que 35% das nossas florestas estão inseridas em regiões com topografia acima de 27º, de difícil mecanização.

A tecnologia para colheita em áreas acidentadas é pouco difundida no Brasil, e a Cenibra, a partir da sua engenharia de desenvolvimento, busca desenvolver parceiros dispostos a investir em tecnologia para a criação de novos sistemas de colheita para maximizar a produção e melhorar a produtividade, bem como ganhos com o bem-estar e a segurança do trabalhador.

Juntamente com o processo de modernização do nosso sistema de colheita, temos aprimorado as estratégias na gestão da logística. Esse é o segmento responsável por aproximadamente um terço dos custos do processo florestal, e, em função de trabalhar com um produto de baixo valor agregado, tem, no processo logístico, o seu principal desafio.

A natureza do empreendimento, de necessitar grandes extensões de terras (ciclo de colheita a cada 7 anos), implica percorrer uma elevada distância de transporte, impactando diretamente no custo da tonelagem transportada.

A  logística é a última etapa do processo florestal, em que a madeira é transportada dos locais de produção até a fábrica por meio de modais adequados à atividade. Ela é o elo entre a floresta e o processo fabril e tem como responsabilidade o controle da qualidade do produto entregue, em volumes que garantam o abastecimento, principalmente no período chuvoso.

Além disso, é responsável pela liberação de área para a silvicultura com tempo de espera pré-definido. Trabalha também com planos de longo prazo, visto que contratamos empresas especializadas por um período equivalente a seis anos, permitindo ao operador logístico planejar investimentos em equipamentos, com depreciação em um prazo aceitável.

O horizonte de longo prazo deve também contemplar uma linearização da quantidade de veículos, volume e distância de forma que haja a máxima utilização dos recursos disponíveis, sem as flutuações indesejáveis. A Cenibra desenvolveu algumas ferramentas para o processo de gestão de logística, como:

 

  • Planejamento técnico, econômico, ambiental, social, de saúde e segurança: fundamenta-se na premissa básica de que, com uma visão multidisciplinar do projeto florestal, os impactos negativos sejam prevenidos ou minimizados, utilizando-se sempre as melhores opções técnicas e econômicas disponíveis, assegurando a saúde e a segurança dos usuários e das comunidades nas quais estamos inseridos.
     
  • Sistema de monitoramento de frota: monitoramento da viagem e nas condições de dirigibilidade do motorista, fornecendo relatório estatístico com informações importantes para avaliação do desempenho do operador logístico.
     
  • Controle de combustíveis dos caminhões: avalia o desempenho dos motoristas na otimização do consumo de diesel.
     
  • Monitoramento da relação de Peso-Volume:  como o pagamento do nosso frete é feito com base na tonelada transportada, buscamos, de forma planejada, transportar a madeira com maior tempo de corte possível, objetivando maximizar o volume de celulose transportado com menor índice de água.
     
  • Melhoria nas condições de trafegabilidade das estradas: esses investimentos vêm sendo realizados sistematicamente em nossa malha viária, que, atualmente, corresponde a aproximadamente 17.500 km. Controles tecnológicos são utilizados na melhoria de sustentação do leito das estradas, com revestimento em cascalho e asfalto em situações críticas.

Dando continuidade ao seu programa de crescimento com responsabilidade socioambiental, a empresa continua empenhada em aprimorar seus processos produtivos, consolidando produtividade com garantia da segurança, bem-estar e melhoria do ambiente de trabalho de seus colaboradores.