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Jacks Willer Prado Missel

Gerente de Suprimento de Madeira da Veracel

OpCP66

Inteligência na cadeia de suprimento de madeira
A cadeia de suprimento de madeira da Veracel tem, em seu escopo, operações de manutenção de estradas, corte, baldeio, carregamento, transporte e pátio de madeira. Todo esse processo é movido por propósitos claros de sermos responsáveis, inspirar pessoas e valorizar a vida.
 
A estratégia e a inteligência do suprimento de madeira são norteadas, em nossa organização, pela área de planejamento florestal, com visão holística de todas as demais operações, como silvicultura, pesquisa e área de negócios, ligando todos os elos e impactos de curto, médio e longo prazos. 
 
Nosso foco é direcionado para quatro aspectos estratégicos que fazem parte da inteligência operacional: tecnologia, diversidade, responsabilidade social e ambiental. Olhando pelo aspecto de tecnologia, considerando as evoluções exponenciais, são frequentes os debates sobre as aplicações de Big Data, inteligência artificial, automações e controles eletrônicos. 


A tecnologia disponível hoje nos permite tomar decisões com maior velocidade e segurança. Estamos muito próximos de chegar à predição operacional, através das tecnologias disponíveis que nos permitem ter, em tempo real e na palma da mão, indicadores operacionais elementares para tomada de decisão. Passamos, há um tempo, pela fase de coleta de dados e, hoje, vivemos o momento de utilização dessas informações para evoluirmos em eficiência, competitividade e segurança. 

No aspecto de segurança, temos os controles de fadiga por meio de sensores e câmeras que emitem alertas instantâneos ao condutor. Os processos de estradas possuem controles eletrônicos eficientes para medições de prestação de serviços através do uso de sensores. 

As operações de colheita são realizadas com microplanejamentos digitais, reduzindo deslocamentos desnecessários de máquinas, indicando, em tempo real, as metas de produtividade para cada unidade de produção e ampliando os níveis de segurança. As operações de pátio são realizadas para compor o melhor mix de madeira com as informações de densidade, teor de extrativo e tempo de corte, disponíveis na cabine do operador e integradas com a fábrica, onde, em tempo real, o abastecimento de madeira pode fornecer o melhor rendimento na produção de celulose. 

Vivemos uma nova era, na qual a integração de todas as informações do suprimento de madeira fornece subsídios para decisões estratégicas, desde a formação de florestas até a produção de celulose. Um exemplo dessa transformação é o trabalho desenvolvido pela pesquisa e inovação, que, com o uso de dados coletados da colheita, geram informações precisas sobre o potencial produtivo do sítio, fundamentais para o planejamento e a estratégia de manejo.

Quando falamos em diversidade e inclusão social, sendo a justiça social o ímpeto inicial por trás do desenvolvimento de iniciativas, devemos citar que começamos a perceber que inclusão e diversidade são uma fonte de vantagem competitiva e, mais especificamente, uma alavanca essencial de crescimento. Estamos direcionando foco e recursos para promover a pluralidade na busca pela ampliação de diversidade, por meio da equidade de sexo, étnica, cultural e social.
 
Dados de estudos realizados pela McKinsey & Company, de 2014 a 2019, demostram que empresas inclusivas apresentam probabilidade superior de geração de valor, na comparação com empresas não inclusivas. A diversidade como alavanca de performance reafirma a relevância universal do vínculo entre diversidade – definida como uma maior proporção de mulheres e uma composição étnica e cultural mais variada –, gerando performance financeira superior e considerando a hipótese de que a correlação entre a diversidade e os resultados se deve pela atração dos melhores talentos, pelo aumento do foco no cliente, pela satisfação dos funcionários e pela melhoria na tomada de decisões, além de garantir mais facilmente a licença para operar.
 
Nos últimos anos, focamos na inclusão social por meio da descentralização da equipe de operadores para dois novos munícipios, distribuindo renda, obtendo benefícios logísticos nas operações e maior engajamento e evoluções em produtividade de colheita, acima de 4%. Esse é um processo contínuo, realizado com equipe de instrutores e estrutura de treinamento própria, com módulo e simuladores. 

Como resultado, temos gerado novas oportunidades de trabalho para operações de colheita, com foco em diversidade, e proporcionando melhores resultados para todos. Nosso foco é proporcionar a ampliação de diversidade de sexo em todas as operações de suprimento de madeira. 

Ao abordarmos a responsabilidade social e ambiental nas operações, podemos destacar a ferramenta de planejamento e execução utilizada em nossas operações – Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social (PTEAS).  O PTEAS estabelece e ordena as operações para cada talhão, indicando o manejo, informações cadastrais, estimativas de produtividade e rendimentos operacionais, bem como o levantamento dos impactos e das ações mitigadoras para as questões sociais, ambientais e operacionais. 
 
Esse trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por representantes da silvicultura, colheita, logística florestal, planejamento e sustentabilidade. A ação é realizada com antecedência de 18 meses em relação ao início das operações. Com esse prazo, é possível definirmos ações, com base no diálogo com as comunidades locais e na construção conjunta de soluções que possam transformar a mitigação de impactos de nossas operações em impactos positivos para todos. 
 
A aplicação do planejamento prévio garante boa relação com as partes interessadas, mensuradas por meio de índices de favorabilidade, licença social de operação, desenvolvimento regional e manutenção de fluxo contínuo das operações. Cumprir as ações e os prazos definidos no PTEAS é fundamental para a manutenção da credibilidade. A aplicação de encontros de ação e cidadania, pré e pós-operações são práticas que alimentam nossos procedimentos diariamente.