Me chame no WhatsApp Agora!

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias

Secretária de Desenvolvimento Agrário, Indústria e Comércio do Estado do Mato Grosso do Sul

Op-CP-24

Unindo esforços

O governo do estado de Mato Grosso do Sul vem diversificando, nos últimos anos, sua base econômica, integrando o complexo carne e grãos, incentivando o polo canavieiro, expandindo a extração do minério de ferro e agregando valor a esse produto, trazendo mais oportunidades ao setor turístico e promovendo o setor de florestas plantadas, com ampliação e melhoria do emprego e distribuição de renda a sua população.

Um fator de destaque é a formação de núcleos de produção e consumo da madeira, promovendo o desenvolvimento local e regional. O Mato Grosso do Sul criou, em passado recente, instrumentos de gestão das cadeias produtivas, sendo um  deles a Câmara Setorial de Florestas Plantadas, que, em ação conjunta com o governo do estado, o Sebrae/MS e a Associação Sul-matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), elaboraram o Plano Estadual de Florestas, documento em que foram consolidadas as informações e evidenciado o potencial para utilização dos recursos naturais relacionados ao setor florestal.

Esse plano – que prioriza investimentos numa área de aproximadamente 7 milhões de hectares, compreendida entre as BR-262 e 267 – contempla três eixos básicos de atuação, quais sejam: desenvolvimento tecnológico, fomento à produção e à industrialização, e o sistema de informação e acompanhamento relacionados aos avanços dessa atividade.

Com o Plano Estadual de Florestas, é possível verificar as vantagens comparativas do estado nos aspectos de topografia, solos, clima, situação fundiária e preços de terras; incentivos fiscais instituídos por Lei Específica (MS Empreendedor) e financiamentos de longo prazo por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), fatos estes que colaboraram para que Mato Grosso do Sul assumisse posição de destaque no cenário nacional.

O estado vem melhorando e potencializando a logística existente, com atenção especial para o transporte e energia, facilitando a melhoria da competitividade e atraindo mais indústrias de transformação e implantando indústrias de papel e celulose e siderúrgicas.

A entrada em operação da maior planta industrial em uma única linha de operação – gerando e transformando celulose em papel em uma mesma unidade industrial – materializa a confiança dos investidores no potencial e nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo sul-matogrossense.

Soma-se a esse empreendimento um novo projeto de dimensões similares para produção de celulose na região leste do estado, polarizado por Três Lagoas. Outras empresas estão investindo em terras e na produção florestal, havendo negociações avançadas para implantação de novas indústrias nos segmentos mencionados.

Essas ações se apoiam na excelência do ambiente institucional, promovendo o setor com o aumento de área plantada e implantação de indústrias de transformação da madeira, caminhando, assim, para viabilizar também um polo de madeira serrada, em condições de atrair indústrias de chapas, MDF e moveleira.

O governo estadual celebrou um acordo de cooperação com a Embrapa Florestas para dar suporte às necessidades de novos materiais genéticos, mais produtivos e resistentes a pragas e doenças, para atender aos diversos segmentos da produção florestal, compreendendo a celulose, o papel, o carvão vegetal e a madeira serrada.

Com aproximadamente 420 mil hectares de florestas plantadas, o Mato Grosso do Sul liderou em escala nacional o processo de expansão no setor em 2010. O número é expressivo. O estado aumentou 30% de sua área plantada em relação à do ano anterior. A grande disponibilidade de terras estrategicamente localizadas e os incentivos concedidos pelo governo foram fundamentais para o alcance desses resultados.

O Mato Grosso do Sul, quando da elaboração do Plano Estadual de Florestas, em 2008, possuía uma área plantada de eucalipto de 265 mil hectares e de 18,8 mil hectares de pinus. Com perspectiva de suprir, de forma ecologicamente correta, os diversos segmentos das cadeias produtivas da celulose, papel, móveis, painéis, siderurgia e energia, a meta é atingir, em 2030, uma área plantada de 1 milhão de hectares de florestas.

Essas ações constituem as principais estratégias de implementação do Plano Estadual de Florestas para que Mato Grosso do Sul se consolide como novo polo de florestas plantadas no País.

O governo de Mato Grosso do Sul continua empenhado em atrair novos investidores para o setor florestal, mantendo-se na expectativa de superar dificuldades, inclusive de ordem legal – compreendendo a aquisição de terras por estrangeiros e outras situações – , potencializando, assim, os recursos dos Fundos de Investimento no Estado, na consolidação do desenvolvimento local.