O caminhar da humanidade precisa entrar nos trilhos da sustentabilidade. Desde a Revolução Industrial, a sociedade pegou rotas diversas para seu crescimento econômico, sem colocar como ponto de partida o cuidado com o meio ambiente. O último relatório divulgado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, da ONU) cravou que os seres humanos são responsáveis pelo aumento de 1 °C na temperatura do planeta. Se queremos experimentar um planeta habitável no futuro, a única saída é unir esforços de sociedade civil e poder público. O momento é de cooperação. Para a iniciativa privada, enraizar o conceito ESG e torná-lo uma cultura organizacional, em que todos os elos da cadeia estejam alinhados com tais práticas, é um caminho necessário.
Na CMPC, há anos, os trabalhos são guiados por uma inteligência que alia tecnologia ao cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. Todo o processo tem como sustentação um olhar cuidadoso para se concluir com êxito cada etapa, prover um serviço de qualidade à sociedade, por meio de seus produtos finais, e trabalhar com responsabilidade em relação aos recursos naturais.
No campo, a colheita evoluiu ao longo das últimas décadas por meio de inovações, mas com um conhecimento acumulado que passou a gerar benefícios para o meio ambiente também. A tecnologia tornou-se uma aliada fundamental. Equipamentos modernos permitem que seja realizado o desbaste com precisão, de modo que as toras sejam cortadas em tamanho padronizado e já descascadas. Isso garante agilidade ao processo e permite que a empresa tenha a capacidade de atender à cada vez mais aquecida demanda por celulose.
O avanço da tecnologia, no entanto, deve vir acompanhado de um processo de desenvolvimento do mercado. A atual Revolução 4.0 gera um cenário de novos cargos e funções, exigindo que profissionais acompanhem esse movimento de atualização para essas novas atividades. Trata-se de um novo segmento de atuação que passa a existir, oportunizando que trabalhadores interessados possam fazer um novo movimento de carreira.
Dentro da CMPC, investimos fortemente no desenvolvimento de profissionais, para que adquiram conhecimento e se tornem protagonistas desse cenário com tecnologias mais novas. Também vale ressaltar que esse trabalho é realizado sob a premissa de conservar os recursos naturais. Assim, cascas, galhos e folhas, ou seja, os resíduos florestais, são deixados no campo. O benefício é um solo fértil, protegido por essa matéria orgânica, que é responsável por fornecer nutrientes para a terra.
A colheita é apenas um pedaço de uma série de práticas sustentáveis nos plantios florestais que são atestadas por certificações internacionais, como o FSC, principal entidade internacional que chancela o manejo e o cuidado com o ambiente.
Tecnologia e pessoas conectadas para que, juntas, gerem resultados que vão além dos negócios. Um rumo que não seria possível – ou seria muito mais difícil – se não estivesse alinhado com o propósito da CMPC, que tem entre seus pilares conservar o meio ambiente, sempre em busca de renovar padrões de produção, consumo e convivência.
A mesma linha responsável conduz as ações da empresa para tornar sua logística cada vez mais eficiente do ponto de vista de negócios e ambiental. De acordo com análise do WRI, baseado no Climate Watch, o setor de transportes responde por 14% das emissões anuais de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Do total, 72% provêm de veículos terrestres. O Brasil, por sua vez, aparece entre os 5 países com mais emissão.
Uma realidade difícil de ser digerida, quando temos, em mãos, meios tão ou mais eficazes, mas com menos impactos para o planeta. Não há uma bala de prata, e, com certeza, não é possível utilizar apenas um meio de transporte em operações industriais tão robustas. São diversas variáveis que influenciam na estratégia logística de uma empresa, como localização, velocidade e capacidade de carga, por exemplo. Mas é, sim, possível criar um planejamento em que se olhe para a redução considerável de suas emissões e, em paralelo, para a eficiência dos seus processos.
A CMPC historicamente utiliza a hidrovia para o transporte de cargas na região da Lagoa dos Patos. Com um porto próprio em sua planta industrial, a empresa carrega celulose de Guaíba até o porto internacional localizado em Rio Grande. A mesma barcaça se desloca para a cidade de Pelotas, onde há um porto que recebe a madeira de eucalipto que a empresa planta e colhe na região sul do estado. Na sequência, a embarcação retorna com toras até a unidade produtiva.
Uma logística circular. Em 2020, foi 1,7 milhão de toneladas de celulose e 900 mil toneladas de madeira que foram deslocadas por água, fazendo com que a empresa fosse responsável por 30% de toda a movimentação de cargas por hidrovia no Rio Grande do Sul. Essa prática evitou a realização de 100 mil viagens de caminhão pelas estradas gaúchas no ano passado, contribuindo para que 56 mil toneladas de CO2 não fossem emitidas para a atmosfera. Em tempos de intensas discussões por mitigação de GEEs, esse é um feito para ser comemorado.
Uma operação logística que, desde 2016, demandou investimentos de R$ 25 milhões no Porto de Pelotas, recursos esses que foram além de melhorias em infraestrutura. Desse total, R$ 2,5 milhões foram alocados para iniciativas de apoio às comunidades vizinhas da região, promovendo uma profunda transformação social do entorno. Também foram geradas cerca de 800 oportunidades de trabalho. Uma clara demonstração de que ESG não é apenas uma sigla, mas sim um pilar da companhia.
Não paramos por aí e, em maio de 2021, vencemos licitação para operar o terminal portuário de Pelotas (RS) por dez anos, com previsão de novos investimentos, da ordem de R$ 16 milhões. Mais um importante passo que permitirá que a CMPC leve celulose, de origem renovável e com cadeia sustentável, a diferentes lugares do mundo. Um avanço alinhado com as ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 9, 12 e 17 da ONU, que tangem sobre Infraestrutura, Consumo e produção responsáveis e Parcerias e meios e implementação, respectivamente.
Não são ações isoladas, realizadas para sanar necessidades pontuais. Isso é parte de uma jornada de uma empresa consciente, que acredita que o desenvolvimento justo e sustentável é possível. Uma aspiração que deve inspirar que mais players do mercado realizem práticas alinhadas aos valores da sociedade contemporânea.
Essa transição rumo a uma economia de baixo carbono é urgente. Não há mais como desconectar negócios, pessoas, consumo e políticas públicas – se quisermos um amanhã verdadeiramente sustentável. Todos precisam fazer sua parte. A CMPC está a postos para continuar contribuindo para o futuro de todos.