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Yeda Rorato Crusius

Governadora do Estado do Rio Grande do Sul

Op-CP-09

A importância das florestas para o progresso do Rio Grande do Sul

A sociedade gaúcha está decidida a enfrentar o desafio de estabelecer um ritmo de crescimento econômico veloz e sustentado, capaz de beneficiar a população do Rio Grande do Sul e todos os brasileiros nos próximos anos, com expressiva melhoria da qualidade de vida. A prosperidade econômica constitui a base necessária para satisfazer a expectativa de todos, em termos de trabalho e renda, educação, saúde, segurança e acesso aos melhores frutos, proporcionados pelos enormes avanços científicos e tecnológicos do século XXI.

Para fazer isso, o povo do Rio Grande do Sul e seu governo estão trabalhando para superar os obstáculos que têm limitado, de forma crescente, o seu progresso nas últimas décadas, que são: o ruinoso déficit estrutural que deteriorou a qualidade dos serviços públicos e virtualmente eliminou a capacidade de investimento do Estado; a precariedade da infra-estrutura, que reduz a competitividade dos empreendimentos e, finalmente, os desequilíbrios existentes no desempenho de suas cadeias produtivas.

As ações em andamento não apenas vão viabilizar a redução do déficit estrutural à sua expressão mais simples até 2009, como, também, resultarão em modernização da máquina pública, melhoria de qualidade dos ser-viços públicos, destacando educação, saúde e segurança e, viabilizarão a retomada dos investimentos públicos em 10% da Receita Corrente Líquida.

Os investimentos estaduais e os previstos pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, melhorarão a infra-estrutura e a competitividade. Além disso, a retomada do crescimento econômico já começou. Neste ano, o PIB do Rio Grande do Sul crescerá mais de 5%, contribuindo positivamente para o crescimento econômico do Brasil, como um todo.

E esse percentual foi estabelecido como o piso para o progresso do estado, nos próximos anos. Se isso for conseguido, o crescimento acumulado da economia regional, nos quatro anos da atual administração, será de 25%. Para isso, os gaúchos contam também com a poderosa contribuição dos investimentos privados em ampliações ou instalações novas já em andamento e que somam US$ 15 bilhões, no período 2006/2011.

E buscam investimentos adicionais de US$ 20 bilhões, para o período 2008/2015, o que mudará a face do estado, com a geração de mais de 150 mil empregos diretos na região e de 300 mil empregos indiretos, localizados no Rio Grande do Sul e em muitos outros estados. Uma das jóias da coroa desse desenvolvimento que está iniciando agora, sem dúvida, será a chamada cadeia produtiva de base florestal, onde já estão em andamento investimentos superiores a US$ 8 bilhões.

Com uma particularidade: boa parte dessas aplicações estão concentradas na metade Sul do estado, região que precisava de um poderoso surto desenvolvimentista. Ali e em outras regiões, centenas de empresas e milhares de cidadãos gaúchos estão se integrando aos negócios da base florestal, graças aos planos de integração, criados pelas grandes empresas.

As florestas plantadas no estado, que ocupavam menos de 300 mil hectares em 2003, podem ultrapassar 700 mil hectares, até 2010. E podem alcançar um milhão de hectares, até 2015. Além disso, as próprias empresas florestadoras plantarão, nesse mesmo período, adicionalmente, perto de 300 mil hectares de florestas nativas e perenes, que elas mesmas manterão e fiscalizarão, devolvendo ao ambiente natural parte expressiva do que a exploração predadora do passado fulminou.

Ademais, estão previstas a instalação de grandes e modernas plantas industriais de empresas locais e de novos investidores para a produção de celulose e papel, MDF e aglomerados, cavacos e tanino (a partir da acácia) e de madeira para móveis e construção civil. Estas ações resultarão na criação de mais de 50 mil empregos diretos e indiretos, sem contar a integração da floresta com agricultura e pecuária, que representará oportunidade de vida melhor para muitos pequenos produtores rurais.

E mais: as novas fábricas contarão com equipamentos de controle ambiental, no estado-da-arte. E é importante registrar, também, que as novas florestas e a introdução do biocombustível gerarão crédito de carbono suficiente para neutralizar a emissão de toda a população estadual - mais de dez milhões de habitantes, atendendo mesmo os mais exigentes defensores do meio ambiente, e colocarão o Rio Grande do Sul no mercado mundial de comercialização de créditos de carbono.

Para que esses e outros empreendimentos possam desenvolver sistemas logísticos seguros e de custos razoáveis, o Rio Grande do Sul vai concretizar importantes obras para o aumento da produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, assim como executará melhorias no sistema de transportes. O porto de Rio Grande será ampliado com importantes investimentos do Estado e do PAC, e o Rio Grande do Sul voltará a contar, como já ocorreu no passado, com um sistema hidroviário capaz de executar as tarefas do transporte interior de grandes volumes, a custos baixos, em curto prazo, em 580 quilômetros, e, logo após, em mais 1.200 quilômetros.

Também serão executadas obras para a duplicação de mais de 500 quilômetros de rodovias estaduais, além da construção de pontes, viadutos e acessos, sem contar as obras previstas pelo PAC e, também, investimentos das próprias empresas em terminais e armazéns. Essas mudanças, sem dúvida, melhorarão a vida de todos os gaúchos. E também contribuirão para o progresso de todos os brasileiros.