Vice-Presidente de Agronegócios do Banco do Brasil
Op-CP-09
O desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente são mais do que objetivos do Banco do Brasil. Fazem parte de sua missão institucional, pois não há mais como pensar no futuro, sem considerar a variável ambiental. O comprometimento da empresa com a preservação do meio ambiente e com a exploração de forma sustentável é internacionalmente reconhecido.
O Banco do Brasil é a instituição financeira brasileira que mais investe em políticas socioambientais, conforme divulgado no ano passado pela WWF – Fundo Mundial para a Natureza, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. A silvicultura brasileira vive momentos de forte efervescência. A crescente demanda nacional e internacional por produtos derivados da floresta tem obrigado agentes públicos e privados a empreender e a estimular investimentos nesse setor.
É constatação recorrente que o ritmo da exploração florestal, sem o urgente plantio de novas áreas para atender às necessidades do mundo moderno, rapidamente levaria ao esgotamento das reservas nativas, cada vez mais reduzidas em todo o planeta. As florestas plantadas no Brasil, aproveitando espécies com crescimento mais rápido e explorando áreas onde haja maior aptidão de clima e de solo para bons resultados econômicos e para a sustentabilidade da cadeia, são o grande caminho para assegurar o abastecimento.
Prova da força natural é o crescimento das florestas plantadas no Brasil, que, em 2006, totalizou 131 mil hectares, em novas áreas, no comparativo com 2005. Além disso, foram implementados outros 500 mil hectares de reformas florestais. O potencial de mercado para os produtos da silvicultura é imenso e cresce a cada ano. O setor florestal brasileiro movimenta US$ 20 bilhões/ano e gera US$ 3,8 bilhões/ano de impostos.
Hoje, ocupa a 3ª posição no saldo das exportações do agronegócio brasileiro, perdendo somente para os complexos soja e carne. A carência no mundo de hoje é de uma diversidade de artigos, que dependem diretamente da exploração das florestas. Setores do segmento florestal, como celulose e papel, móveis, construção civil, lenha e carvão vegetal para siderurgia, além da própria indústria de fitoterápicos e de medicamentos, são diretamente vinculados à floresta.
Essa necessidade tende a crescer, se olharmos a questão pelo aumento natural da demanda. Por outro lado, o que pode crescer é o interesse por soluções alternativas, caso a sociedade, cada vez mais exigente quanto a padrões ambientalmente corretos, associe o produto de seu interesse, com a depredação florestal. Uma política de longo prazo, portanto, se faz necessária, e o apoio a florestas plantadas é um ponto relevante, a ser considerado.
A sustentabilidade e a competitividade da indústria florestal dependem da expansão da área de plantio, atualmente em 5,5 milhões de hectares. A tendência é que o plantio continue sendo ampliado, em virtude do momento de franca expansão das indústrias florestais e dos investimentos em novas fábricas de celulose e de painéis de madeira reconstituída.
O uso do solo para florestamento vem se constituindo em uma atrativa alternativa econômica em algumas regiões do país, diante da grande demanda por matéria-prima. O Banco do Brasil vem incrementando o apoio já existente. Em termos numéricos, o apoio significa R$ 691 milhões, desde 2005 – quando foi criado o Programa BB Florestal – até agosto deste ano.
O portifólio de linhas de crédito desse Programa oferece alternativas de financiamento e volume de recursos adequados ao incremento dos negócios com toda a cadeia florestal, desde os mini e pequenos produtores rurais da agricultura familiar, até a agricultura empresarial, passando por cooperativas e por empresas exportadoras e processadoras de produtos florestais.
Dentre os vários itens financiáveis estão aqueles destinados à recomposição e à manutenção de áreas de preservação e de reservas legais, contribuindo para a adequação à legislação ambiental. Podem ser financiadas também as florestas de cunho comercial e a recuperação de áreas de pastagens degradadas, que contribuem para reduzir a pressão por madeiras oriundas da vegetação nativa e promovem o desenvolvimento social e econômico, de forma sustentável.
O aumento da participação do Banco do Brasil neste mercado é conjugado com o respeito às exigências ambientais e ao manejo sustentado de florestas. O Banco é um dos agentes públicos responsáveis por viabilizar os acordos internacionais, dos quais o Brasil é signatário. Na operacionalização, são observados Protocolos de Intenções com os Ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
De forma mais específica, o Banco atua, por meio de Convênios de Cooperação Técnica, com os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso, e dos Convênios de Integração Rural, com empresas do segmento florestal no Brasil. Para preservar e fortalecer o espírito de co-responsabilidade de seus funcionários, pela conduta social e ambientalmente responsável, o Banco elaborou, de forma participativa, a Agenda 21 do Banco do Brasil, derivada da Agenda 21 Global.
O documento é permanentemente revisto, para garantir sua atualidade. As ações da Instituição são geridas por uma unidade específica, a Diretoria de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental. Com essa postura e com esse conjunto de práticas, o Banco do Brasil contribui não só para o desenvolvimento socioeconômico do país, mas também para a sustentabilidade do planeta.