Diretor Florestal da Eldorado
Op-CP-43
A expansão da fronteira dos novos projetos de plantios de eucalipto, onde encontraremos condições adversas, apontam para problemas de falta de mão de obra rural, redução de produtividade das florestas, infraestrutura de estradas inadequadas e mudanças climáticas substanciais. Esse novo cenário cria, de imediato, demanda de novas tecnologias de plantio, com máquinas e implementos mais eficientes e que reduzirão os custos operacionais, descoberta de material genético que enfrentará o maior déficit hídrico, sistemas de colheita mais adequados a florestas de menor porte e sistema logístico capaz de compensar deficiências de estradas de acesso comuns nesse ambiente. Retratando o atual cenário de desenvolvimento de máquinas e equipamentos para o atendimento das operações florestais, enxergamos uma grande lacuna de empresas fabricantes de máquinas florestais na capacidade de apresentar soluções atrativas para o setor florestal.
Dessa forma, podemos observar, nos últimos anos, uma grande evolução dos índices de tratorização na agricultura quando comparado aos das empresas de base florestal. Hoje o número de hectares plantados por trator, na agricultura, é 14 vezes menor do que no setor florestal, onde o normal seria de apenas 6 vezes. Atualmente, o percentual médio de área mecanizada das empresas de base florestal é de, aproximadamente, 58%, sendo o índice de tratorização em torno de 1,4 mil ha/trator.