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Alberto Cesar Gasparotto e Miguel Tadeu G. Cadini

Gerentes de Fomento Florestal da International Paper

Op-CP-04

Parceria e fomento florestal

A história do programa de parceria e de fomento florestal da International Paper (antiga Champion Papel e Celulose) confunde-se com a história da fábrica instalada em Mogi Guaçu, SP, em 1960. Neste mesmo ano, de forma pioneira, Hans Shuster deu início à silvicultura de eucalipto, tornando-se o primeiro fomentado a aderir ao fomento florestal desenvolvido pela IP – de suma importância.

O fomento foi a semente da qual germinou modalidades do programa que, atualmente, a empresa desenvolve nas regiões de Mogi Guaçu, Poços de Caldas, MG e Três Lagoas, MS, como a parceria florestal, que teve início na década de 1980. No Fomento Florestal, a companhia fornece as mudas e também a assistência técnica. Em contrapartida, o proprietário é responsável pela implantação e manutenção da floresta, e a madeira produzida pertence 100% ao fomentado, que, ao final dos sete anos, quando a madeira estiver maturada para a produção de celulose, a negocia para a IP.

Na outra modalidade, a de Parceria Florestal, toda a implantação e a manutenção da floresta nas terras dos parceiros são realizadas pela IP. Para que isso se concretize, é necessário observar alguns critérios, tais como a distância da unidade fabril, topografia da área e vegetação existente. A participação no volume total de madeira produzida é negociada entre os parceiros.

O Programa de Parceria e Fomento Florestal apresenta várias vantagens. No aspecto social, promove o desenvolvimento socioeconômico da região e a ocupação e fixação da mão-de-obra rural no campo, além de permitir a permanência do agricultor na propriedade. Ambientalmente, reduz a pressão sobre as matas nativas, recupera áreas degradadas, melhora a qualidade do ar e o aumento da biodiversidade local.

Para os produtores rurais que aderem às modalidades de parceria ou de fomento florestal, torna-se uma alternativa de atividade agrícola, diversificando seus negócios e gerando renda segura e melhoria da qualidade de vida; estimula o uso racional de áreas marginais da propriedade e ocupação de áreas ociosas ou impróprias ao cultivo agrícola para o plantio da floresta; e facilita o acesso ao crédito, com retorno financeiro garantido.

Para a IP, dissemina-se a cultura do eucalipto, integrando-se a empresa à sociedade, e estabelece-se mais uma alternativa de suprimento de madeira para abastecimento de sua unidade fabril. O Poder Público também é beneficiado com o aumento da arrecadação de impostos. Para a efetivação da parceria, após o consenso das partes, é realizado um planejamento de implantação, que tem como princípio o respeito às áreas de reserva legal e preservação permanente, fator determinante para o talhonamento, que proporciona novos contornos à área.

Além disso, para indicar o melhor material genético e as fertilizações necessárias, no manejo empregado pela International Paper leva-se em consideração características de solo e clima. Deste modo, garante-se a máxima produtividade da floresta. Programas de parceria e fomento bem estruturados, como o da IP, podem garantir o abastecimento parcial ou total de grandes empresas.

Na Finlândia, por exemplo, uma única fábrica mantém 30 mil parceiros para seu abastecimento. E a IP, em busca da expansão de sua base florestal, contempla outras alternativas. Atualmente, as unidades da IP preparam-se para atuar na linha de financiamento, mediante a utilização de recursos do Propflora, do BNDES. O sucesso desta estratégia refletir-se-á nos números do programa desenvolvido pela IP.

No período de 2006 a 2012, as modalidades de Parceria e de Fomento Florestal – estabelecidas em São Paulo e Minas Gerais – para a produção de eucaliptos destinada à Unidade de Mogi Guaçu representarão 29% do volume de madeira para abastecimento da fábrica, situada neste município. Como conseqüência da adesão aos programas de parceria e fomento, a Chamflora – empresa pertencente ao grupo International Paper – já atingiu excelente nível de utilização de terras.

O eucalipto, por sinal, não disputa espaço com outras culturas agrícolas nessas terras. Pelo contrário, com o consórcio do eucalipto com várias culturas, subsidia-se os produtores durante alguns anos, necessários para a colheita do eucalipto, tornando-se uma fonte de renda a mais e trazendo desenvolvimento de forma sustentável, para o bem de todos.

Desenvolvimento sustentado é da natureza da International Paper. Um exemplo desta filosofia é o resultado conquistado pela empresa em Três Lagoas e região, com a parceria florestal. Além de oferecer uma nova alternativa para as propriedades rurais, o programa – que teve seu início em 1996 – contribui, ao mesmo tempo, para o meio ambiente.

Conhecida como “Bolsão”, aquela região era quase exclusivamente voltada para a pecuária. Onde existia pasto sem gado, hoje há plantações de eucalipto. Com isso, proprietários rurais já visualizam no programa um novo horizonte – e uma nova fonte de renda. E os ganhos não se restringem aos bolsos dos proprietários. O meio ambiente também sai ganhando - condição sine qua non para se aderir ao programa de parceria da IP - demarcam-se áreas de reserva legal e preservação permanente.

Em 2005, por exemplo, as parcerias foram responsáveis pela regularização de uma área total de 4,5 mil hectares de reserva legal. Neste ano, o número deve chegar a 9 mil hectares, além das áreas dedicadas à preservação permanente. Bom para os produtores, bom para o meio ambiente, bom para a IP, excelente para o país.