As tecnologias atualmente disponibilizadas para a área florestal, bem como para toda a agricultura, estão muito próximas da plena necessidade do campo. Tais ferramentas têm tido um papel fundamental na segurança do planejamento e execução de quase todas as operações do campo, permitindo conhecer com exatidão a tipologia do solo, o relevo, o clima, a hidrografia, as restrições ambientais, apoiando variadas decisões, como na aquisição ou arrendamentos de terras, definindo locais de estocagem e vias de escoamento da produção, a logística geral, apontando e evidenciando oportunidades de melhores operacionalidade, produtividade e rentabilidade, colocando em nossas mãos uma verdadeira radiografia da base florestal das empresas que assistimos. As ferramentas/sistesmas que hoje se destacam são:
ARCGIS: É um sistema de informação geográfica (Geographic Information System – GIS), um software que se constitui numa plataforma primária com várias projeções de dados cartográficos para serem utilizados no gerencimento de informações básicas, na criação de dados geoespaciais e na análise detalhada das áreas, além de criar mapas, consultar e editar. Hoje, 90% das empresas florestais utilizam esse software.
AUTOCAD: É um software mais antigo e uma ferramenta que nos auxilia a desenvolver projetos, desenhos e mapeamento; o AutoCAD (Computer Aided Design) está inserido em diversas áreas, como engenharia de projetos, construção, civil, arquitetura e topografia. Por permitir visualizar os projetos nas três dimensões, com minuciosidade, pode-se fazer o planialtimétrico e alocação de estradas e vias de acessos dos novos talhões com mais eficácia.
DRONE/VANT: O uso dos drones – conhecidos no exterior como Quadcopters por causa das suas quatro hélices – e dos VANTs, ambos conduzidos por operadores, abastecido por baterias, vem ganhando cada vez mais espaço na área florestal no auxilio de levantamentos do plano de colheita, inventários florestais, definição de APPs, estratégias de novos talhonamentos e identificação de pragas e doenças. A operação desses veículos requer o estabelecimento de um completo plano de voo, com a definição clara da missão estabelecida. Eles possuem câmeras com alta definição e GPS – alguns até GNSS RTK para aferição dos talhões. Possuem alta eficiência no levantamento de áreas para confecção de Mapas de Uso de Solo lançado no programa do ArcGis. A redução dos custos chega a 30% quando comparado com o levantamento realizado por equipes utilizando GPS, além da customização da atividade realizada.
GPS/GNSS RTK: É um equipamento que tem um posicionamento cinemático relativo em tempo real. Essa técnica evoluiu muito no detalhamento e permite ao operador obter as informações de campo, sem a necessidade do pós-processamento dos dados, e, assim, atingir uma posição centimétrica ou milimétrica, dependendo da posição da base e do tipo de terreno em que se faz a aferição. Oferecendo, assim, maior agilidade, qualidade, rapidez, precisão e posicionamento em tempo real, enriquecendo de informações o sistema do AutoCAD. Essa técnica e o equipamento auxiliam nos levantamentos dos pontos da poligonal topográfica, através das coordenadas planas retangulares UTM (Universal Transversa de Mercator) – sistema de coordenadas cartesianas bidimensional –, com muita precisão em qualquer trabalho, seja na projeção de talhão, no levantamento ou na alocação de estradas, até mesmo a marcação de divisas cincurvizinhas, fazendo o georreferenciamento da empresa conforme padrão Incra no sistema Sigef.
Pela larga evidência dos resultados alcançados, podemos afirmar que as vantagens geradas por estes sistemas e equipamentos, no balanço custo/benefício, são seguras e efetivas, boa oportunidade de renda e empregabilidade, e ressalta-se: ainda estamos desenvolvendo recursos e aplicações. Os profissionais que atuam na prestação destes serviços têm tido facilidade para confrontarem os resultados projetados e as largas vantagens das metas alcançadas.
O setor de serviços dessas tecnologias certamente prosperará em âmbito nacional, mesmo porque supre uma contínua e crescente falta de mão de obra qualificada nas várias áreas do setor florestal, muito em função da velocidade que tais tarefas passaram a ser realizadas, liberando-os rapidamente para a próxima tarefa.