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Ronaldo Luiz Sella

Gerente de Comercialização e Fomento da Klabin

Op-CP-04

Desenvolvimento sustentável e reposição da mata nativa

Atuar de maneira socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável é uma prática que norteia o dia-a-dia da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil. Esse conceito também é aplicado em seu programa de Fomento Florestal, parceria da companhia com pequenos e médios proprietários de áreas rurais, que tem por objetivo formar florestas em áreas ociosas e marginais das propriedades.

Dessa forma, as áreas de fomento são incorporadas ao processo produtivo, aumentando a base florestal da companhia, promovendo assim, o desenvolvimento sustentável nas regiões onde possui unidades fabris. Atualmente, esta parceria envolve cerca de 11 mil produtores nos Estados do Paraná e de Santa Catarina e mais de 56 mil hectares de florestas cultivadas, dos quais 5.865 hectares foram plantadas em 2005.

Desde o início do programa – em 1984, em Santa Catarina, e 1987, no Paraná – já foram distribuídos 90 milhões de mudas, sendo 9,5 milhões só em 2005. Isso demonstra o crescimento dessa atividade, que na Klabin, no ano passado, representou um aumento de 103% da área fomentada, com mais de 3 mil hectares de plantações de Pinus.

O Fomento Florestal é uma ação prática de desenvolvimento sustentável, pois garante uma poupança futura para os pequenos e médios proprietários e, conseqüentemente, sua fixação na terra, contribuindo ainda para a transferência de práticas florestais da empresa para os pequenos e médios produtores. Com esta ação, a Klabin traz a sociedade para participar de sua cadeia produtiva, que hoje atinge mais de 50 países.

Além disso, há uma evidente vantagem econômica para a empresa, a de poder investir menos recursos próprios em terras e mais na sua atividade foco, que é a industrial. Há também claras vantagens ambientais, pois a plantação de florestas, além de fornecer lenha e madeira necessárias à atividade rural, preserva e protege os solos das propriedades de erosão, evita o assoreamento dos rios e também regulariza o fluxo de água e chuvas. Portanto, este é um jogo de ganha-ganha, entre empresa e sociedade.

O crescimento das indústrias do setor demandou a expansão das florestas plantadas no Brasil. O programa de fomento possibilitou o aumento na oferta de madeira, não só para as indústrias do setor de celulose e papel, como também para as indústrias de chapas reconstituídas e de produtos sólidos, evitando grandes investimentos na compra e manutenção de novas áreas florestais, já que os fomentados trabalham como parceiros nessa atividade.

Os pequenos e médios proprietários não tiveram que abandonar suas atividades tradicionais, já que o plantio de Pinus e Eucalipto não utiliza áreas ocupadas pela atividade foco do fomentado, ou dependendo da área de atuação, pode até ser realizada em conjunto com atividades agrícolas e/ou pecuárias. A madeira não utilizada para a produção de papel é vendida pelos produtores ao mercado, sendo destinada às indústrias de base florestal, principalmente nos segmentos de Compensados, Molduras e Móveis, setores com significativa participação nas exportações, contribuindo diretamente no equilíbrio da balança comercial.

O Fomento Florestal da Klabin contribui com a sustentabilidade e crescimento dos Clusters da Árvore, que se formam ao redor das grandes fábricas da Klabin, em Santa Catarina e no Paraná. Cada vez mais a árvore é utilizada integralmente, fornecendo vários produtos, gerando energia e contribuindo para um cluster regional cada vez mais forte e independente, com a participação de toda a comunidade, de forma sustentável.

Atuando de forma conjunta com o Programa de Fomento Florestal da Klabin em Santa Catarina, a companhia desenvolve ainda o Programa Matas Legais. Iniciado em 2005, o programa é fruto da parceria inédita entre a Klabin e a Apremavi, com o objetivo de aumentar as áreas de mata nativa no Estado de SC e conscientizar os pequenos proprietários rurais sobre a importância da prática do desenvolvimento sustentável e da conservação do meio ambiente.

No momento, esse programa está em fase de expansão para a Unidade do PR. É a primeira vez que uma empresa do setor de base florestal brasileira une-se a uma ONG ambientalista, para estimular o planejamento da propriedade rural, o cumprimento da legislação ambiental, a recuperação e a conservação das Áreas de Preservação Permanente.

O programa também incentiva a silvicultura com florestas plantadas, tanto com Pinus e Eucalipto, como com espécies nativas, o enriquecimento de florestas secundárias, agricultura orgânica e ecoturismo. Recentemente, em SC e no PR, a Klabin passou a atuar junto ao Banco Itaú BBA, como avalista de pequenos e médios produtores interessados em obter recursos para plantação de florestas. O objetivo da iniciativa é incrementar o plantio e o cultivo florestal nos dois estados e aumentar a participação de terceiros no fornecimento de madeira à empresa, dentro do programa de fomento.

Para isso, a Klabin está usando duas das linhas de financiamento já disponíveis no mercado, o Propflora (Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas) e o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), para as quais, em geral, os pequenos e médios produtores têm dificuldade de acesso, principalmente no que se refere às garantias exigidas.

Com a iniciativa da Klabin, o fomentado terá acesso direto aos recursos disponibilizados pelas duas linhas de crédito e a empresa responsabilizar-se-á, como avalista, pela dívida do produtor junto ao Itaú BBA. A dívida do fomentado para com a Klabin será paga com parte da madeira resultante do projeto financiado. São todas essas características que levam a Klabin a acreditar na plena capacidade que o setor de base florestal tem para ajudar o Brasil a trilhar o caminho do desenvolvimento, de forma sustentável. Esta é uma realidade que deve ser promovida.