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Antonio Joaquim de Oliveira

Diretor Florestal da Duratex

Op-CP-05

Nosso país merece todos estes benefícios!

Devido ao seu clima, sua localização geográfica e à grande disponibilidade de terras cultiváveis, o Brasil possui uma condição natural de liderança mundial em produtividade de florestas plantadas. Seja no cultivo de eucalipto, que ocupa a grande maioria das áreas destinadas a esta finalidade, ou de pínus, nossos plantios chegam a produzir 10 vezes mais em uma mesma área, em comparação às regiões tradicionais de plantios florestais na Europa e América do Norte.

O Setor produtivo baseado em florestas plantadas cresceu e tornou-se elemento fundamental da economia do País, tendo faturamento consolidado da ordem de US$ 23 bilhões/ano. Falar dos seus benefícios para o Brasil é chover em solo fértil, senão vejamos:

 

  • Contribuição extremamente positiva para a balança comercial: Dos US$ 23 bilhões faturados anualmente, o setor exporta cerca de US$ 7,5 bilhões e como somente importa US$ 2,5 bilhões/ ano, gera superávit de US$ 5 bilhões. Peso relevante para as metas econômicas da nação.
  • Geração de Empregos: As estimativas disponíveis indicam uma geração acima de 4 milhões de empregos, na cadeia produtiva oriunda de florestas plantadas, considerando os postos diretos e indiretos. Novos levantamentos, ainda no início de execução, projetam números ainda maiores.

Estes empregos vão desde a mão-de-obra extremamente qualificada nas indústrias, áreas de gestão e comércio, até a grande mão-de-obra rural, empregada nas atividades de silvicultura e colheita. Vale ressaltar que, como no setor operam predominantemente grandes empresas estruturadas, estes postos de trabalho são formais, protegidos pela legislação e usuários de benefícios que superam as obrigações normais de nosso marco trabalhista.
 

  • Proteção Ambientais: As Florestas Plantadas protegem o meio ambiente, atuando em duas frentes: conservação de pelo menos 1,6 milhão de hectares no país em áreas de preservação permanente e de reservas naturais privadas, e substituição na madeira oriunda de florestas nativas, em produtos de serraria, painéis de madeira e tantos outros. O crescimento do setor no país tem se pautado por igual avanço nas práticas conservacionistas de solo, estradas, recursos hídricos, fauna e flora.
  • Geração de Benefícios Sociais e Econômicos no Interior: Pela própria caracterização da atividade de silvicultura, o setor estabelece suas bases florestais em municípios do interior do país, levando, até eles, investimentos em infra-estrutura, consumo de bens de produção local, fomento a diversos tipos de novos negócios e cidadania a áreas muitas vezes esquecidas.

As medições do Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, referência internacional para o acompanhamento e análise de qualidade de vida, evoluíram de forma superior à média em todos os municípios ocupados com atividade de silvicultura, em diversos estados brasileiros.
 

  • Pagamento de Impostos: Com sua atividade amplamente formal e estruturada, o setor recolhe acima de US$ 3,5 bilhões/ano em tributos ao país. Estes tributos fortalecem a nação e geram investimentos sociais.
  • Investimentos em infra-estrutura: O setor mantém cerca de 100 mil km em estradas vicinais conservadas. Este fator, em um País como o nosso, ainda carente de boas estradas, é de relevância ímpar, embora poucas vezes mencionado. Estas vias são utilizadas não só pelas Empresas, mas também pela população regional, que desfruta deste benefício indireto.
  • Integração do pequeno e médio produtor rural: De maneira acelerada, nos últimos 10 anos, as empresas do setor buscaram desenvolver seus programas de fomento florestal, de forma a permitir que os produtores locais participem dos resultados econômicos do plantio destas florestas.

Estes produtores associados, em sua maioria com propriedades abaixo de 100 ha, e com baixo nível de renda, encontram na atividade de silvicultura, uma fonte de renda segura e um modo de manter a estabilidade da economia familiar. 2006 foi eleito pela ABRAF, Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, como o ano do Fomento Florestal.

Pretende-se ampliar esta prática mudando, a médio prazo, o arranjo da cadeia de abastecimento e de suprimento industrial, pulverizando sua base de sustentação. Em que pesem todos estes aspectos positivos, freqüentemente o setor de silvicultura enfrenta manifestações de caráter fortemente ideológico, que tentam contrapor a eficiência das operações florestais, com acusações infundadas de “monocultura sem diversidade ecológica”.

O crescente número de projetos certificados por organizações de reputação internacional como o FSC, Forest Stewardship Council e o Inmetro – através do Cerflor, atestam o compromisso dos mesmos com as melhores práticas de sustentabilidade ambiental, econômica e social. Estudos de nossas melhores universidades igualmente comprovam a boa interação destes processos produtivos com a preservação dos recursos naturais.

As Florestas Plantadas ainda podem contribuir muito. Nosso país é a “bola da vez” nos planos de todas as grandes companhias nacionais e multinacionais que atuam aqui. Devido às suas condições de competitividade, que dificilmente serão sobrepujadas por outro país, grandes investimentos estão programados ou já estão em andamento, o que permite esperar que tais benefícios multipliquem-se.

Recentemente, tivemos anúncios de projetos nas áreas de celulose e papel e painéis de madeira, que devem promover uma duplicação ou mais da área de plantio florestal a médio prazo, com conseqüente ampliação, nas mesmas proporções, das áreas dedicadas à preservação ambiental. Nosso Brasil merece estes benefícios!