Diretor Florestal da Duratex
Op-CP-05
Devido ao seu clima, sua localização geográfica e à grande disponibilidade de terras cultiváveis, o Brasil possui uma condição natural de liderança mundial em produtividade de florestas plantadas. Seja no cultivo de eucalipto, que ocupa a grande maioria das áreas destinadas a esta finalidade, ou de pínus, nossos plantios chegam a produzir 10 vezes mais em uma mesma área, em comparação às regiões tradicionais de plantios florestais na Europa e América do Norte.
O Setor produtivo baseado em florestas plantadas cresceu e tornou-se elemento fundamental da economia do País, tendo faturamento consolidado da ordem de US$ 23 bilhões/ano. Falar dos seus benefícios para o Brasil é chover em solo fértil, senão vejamos:
Estes empregos vão desde a mão-de-obra extremamente qualificada nas indústrias, áreas de gestão e comércio, até a grande mão-de-obra rural, empregada nas atividades de silvicultura e colheita. Vale ressaltar que, como no setor operam predominantemente grandes empresas estruturadas, estes postos de trabalho são formais, protegidos pela legislação e usuários de benefícios que superam as obrigações normais de nosso marco trabalhista.
As medições do Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, referência internacional para o acompanhamento e análise de qualidade de vida, evoluíram de forma superior à média em todos os municípios ocupados com atividade de silvicultura, em diversos estados brasileiros.
Estes produtores associados, em sua maioria com propriedades abaixo de 100 ha, e com baixo nível de renda, encontram na atividade de silvicultura, uma fonte de renda segura e um modo de manter a estabilidade da economia familiar. 2006 foi eleito pela ABRAF, Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, como o ano do Fomento Florestal.
Pretende-se ampliar esta prática mudando, a médio prazo, o arranjo da cadeia de abastecimento e de suprimento industrial, pulverizando sua base de sustentação. Em que pesem todos estes aspectos positivos, freqüentemente o setor de silvicultura enfrenta manifestações de caráter fortemente ideológico, que tentam contrapor a eficiência das operações florestais, com acusações infundadas de “monocultura sem diversidade ecológica”.
O crescente número de projetos certificados por organizações de reputação internacional como o FSC, Forest Stewardship Council e o Inmetro – através do Cerflor, atestam o compromisso dos mesmos com as melhores práticas de sustentabilidade ambiental, econômica e social. Estudos de nossas melhores universidades igualmente comprovam a boa interação destes processos produtivos com a preservação dos recursos naturais.
As Florestas Plantadas ainda podem contribuir muito. Nosso país é a “bola da vez” nos planos de todas as grandes companhias nacionais e multinacionais que atuam aqui. Devido às suas condições de competitividade, que dificilmente serão sobrepujadas por outro país, grandes investimentos estão programados ou já estão em andamento, o que permite esperar que tais benefícios multipliquem-se.
Recentemente, tivemos anúncios de projetos nas áreas de celulose e papel e painéis de madeira, que devem promover uma duplicação ou mais da área de plantio florestal a médio prazo, com conseqüente ampliação, nas mesmas proporções, das áreas dedicadas à preservação ambiental. Nosso Brasil merece estes benefícios!