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Fabrício Gomes de Oliveira Sebok

Gerente de Desenvolvimento de Produtos na Envu

OpCP79

A ciência como pilar no fortalecimento do setor florestal
O setor florestal desempenha um papel vital no equilíbrio ecológico e na economia global, sendo responsável não apenas pela preservação dos ecossistemas naturais, mas também porque fornece recursos essenciais para diversas indústrias. No entanto, à medida que o setor cresce e se adapta às novas exigências do mercado, surgem desafios importantes, como a necessidade de qualificação profissional contínua e a integração das tecnologias emergentes nas práticas de manejo e produção.

Nesse cenário, a formação científica se destaca como uma ferramenta essencial para garantir que o setor se desenvolva de maneira sustentável e inovadora, ao mesmo tempo em que se adapta às novas tecnologias e metodologias que surgem constantemente.

Essa formação traz maior robustez nas decisões de manejo e no desenvolvimento tecnológico, favorecendo o potencial do setor. Profissionais bem formados cientificamente têm uma compreensão aprofundada de temas como as interações ecológicas e das tecnologias emergentes, permitindo decisões mais informadas e eficazes. Essa combinação fortalece a sustentabilidade e impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, promovendo a produtividade e a eficiência operacional. 

Ainda, mesmo quando voltada para o viés profissionalizante, desempenha um papel central em aumentar a qualidade e a profundidade do conhecimento aplicado nas atividades da cadeia florestal. 

Muitos programas de formação voltados para o mercado de trabalho não devem se limitar a ensinar habilidades práticas básicas, mas sim promover uma abordagem que inclua a aplicação de conceitos científicos, teorias e o uso de tecnologias. 

Isso significa que mesmo os cursos focados na formação técnica, como os voltados para técnicos de manejo ou operadores de máquinas, devem integrar, de maneira prática, os conhecimentos científicos necessários para que os profissionais não apenas executem tarefas, mas também compreendam o impacto e a importância de suas ações dentro de um contexto ambiental e tecnológico mais amplo.

Por exemplo, técnicos especializados em monitoramento florestal não devem se restringir ao uso de equipamentos e ferramentas, mas também devem ser capazes de interpretar estes dados e, ainda assim, avançar na busca por novas oportunidades tecnológicas. Isso exige um entendimento científico básico que permita ao profissional não apenas operar as ferramentas, mas também tomar decisões críticas com base nos dados obtidos, considerando as implicações ambientais e de manejo sustentável. 

Dessa forma, a formação científica cria uma base mais sólida preparando os profissionais para enfrentar desafios imprevistos e adaptar suas práticas de maneira eficiente e sustentável. Consultores, sejam independentes ou vinculados a instituições públicas, também desempenham um papel crucial nesse processo. 
 
Através de suas consultorias, esses profissionais elevam constantemente o nível científico no setor, aplicando conhecimentos atualizados e práticas inovadoras que impactam diretamente a gestão florestal e o uso de novas tecnologias. Suas contribuições ajudam a integrar a pesquisa científica ao mercado, promovendo soluções práticas e sustentáveis que atendem às necessidades de empresas e órgãos públicos.

Além disso, os fornecedores de insumos e tecnologias desempenham um papel fundamental ao atender com tecnologias de ponta. Muitas dessas empresas têm, em sua base de criação e inovação, a colaboração de cientistas que contribuem com pesquisas e experimentações que resultam em produtos que atendem às necessidades do mercado. 

Esses fornecedores não apenas oferecem produtos, mas também oferecem apoio contínuo em consultorias e treinamentos, garantindo que as tecnologias sejam aplicadas corretamente, maximizando seus benefícios e potencial no setor florestal.

A diversidade no setor, causada pela crescente demanda e pela rápida expansão das áreas florestais, gera um movimento de "dança das cadeiras". Isso pode ser visto como um risco, mas também como uma oportunidade para diversificar conhecimentos e estimular regiões ainda carentes de cursos profissionalizantes ou faculdades. 

Essas regiões, ao adotar programas focados em formação prática e científica, contribuem para o avanço do conhecimento, beneficiando tanto o campo quanto a indústria. Embora a automatização possa aliviar a escassez de mão de obra, ela também exige profissionais capacitados para gerenciar e adaptar essas novas tecnologias, como o uso de drones e da inteligência artificial. 

A formação científica capacita esses profissionais a aplicarem as inovações de maneira eficiente e sustentável, além de fornecer uma base sólida para questionar e impulsionar novos avanços. Em contrapartida, o conhecimento empírico nunca deve ser descartado, pois é ele que desafia a ciência e fomenta o desenvolvimento de novas tecnologias.

Portanto, a formação científica, mesmo voltada para o profissionalizante, eleva o nível do conhecimento aplicado no setor florestal, permitindo um crescimento mais sustentável e inovador, com decisões de manejo mais robustas e o desenvolvimento contínuo de tecnologias que potencializam o setor. 

Dentro das próprias empresas, esta formação é fundamental para a formação de bases internas e sólidas. Consultores e fornecedores de insumos e tecnologias, por sua vez, desempenham um papel essencial, não apenas oferecendo suporte contínuo e tecnologias avançadas, mas também incorporando esse conhecimento científico nas soluções que fornecem, promovendo a aplicação eficaz dessas inovações e impulsionando o desenvolvimento do setor.