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Marlos Schmidt

Gerente de Aplicação Técnica da Penzsaur

Op-CP-20

Inovações e perspectivas de desenvolvimento

As definições de ordem mecânica ou de aplicação dos equipamentos em cada processo são fatores muito bem desenvolvidos e dominados pelos fabricantes mundiais. Atualmente, no universo de equipamentos florestais, diferem entre si os níveis dos controles de gestão, por meio dos quais se obtêm os dados estatísticos da produtividade versus desempenho e de operação, os quais são voltados ao conforto, à qualidade, mas, principalmente, à segurança dos operadores e à conservação do meio ambiente.

Entendo que esse aspecto da cadeia florestal está bem estruturado em nosso País, por intermédio dos mais diferentes fornecedores e fabricantes de soluções para a silvicultura e colheita das florestas brasileiras.
Ainda que em montanhas ou planícies, o setor florestal brasileiro é exemplo no tocante à preservação da biodiversidade e a competitividade nos mercados internacionais.

Essas responsabilidades são muito bem absorvidas pelas empresas do setor, e, para isso, utilizam-se dos mais distintos recursos tecnológicos. As empresas florestais absorveram rapidamente grande parte das tecnologias aplicadas no meio e participam do desenvolvimento contínuo para a obtenção de seus resultados. Elas têm realizado estudos práticos com os mais variados equipamentos florestais, buscando otimizar a operação e reduzir proporcionalmente os custos operacionais em relação aos investimentos praticados. Isso tem impulsionado os fabricantes mundiais a investirem e a formatarem parcerias com empresas brasileiras.

E isso de uma forma extremamente profissional e responsável, uma vez que os governos mundiais estão buscando conscientizar as nações da sua responsabilidade individual quanto à preservação ambiental. Esse é um dos fatores pelos quais o nosso parque de máquinas é moderno, eficiente no tocante aos processos, na ergonomia operacional e na obtenção de custos dos produtos finais.

A derrubada, o desgalhe, o processamento, o baldeio, o empilhamento e o carregamento são a síntese dos processos da colheita florestal executados no campo. A definição do mix de equipamentos a serem aplicados passa principalmente pelos quesitos topografia e logística de processamento na indústria. Dentro disso, foram se desenvolvendo padrões na composição do mix de equipamentos aplicados para a colheita florestal, e as definições de cada empresa têm a sua fundamentação baseada nos resultados obtidos em estudos práticos realizados.

As alternativas tecnológicas que temos disponíveis são as mesmas aplicadas na Europa ou América do Norte, exceto algumas mais extravagantes, como a utilização de helicópteros. Não há nenhuma outra tendência tecnológica que se distinga do usualmente visto no cotidiano. Não chegamos à exaustão tecnológica, nem ao limite da criatividade.

Áreas com declividade acentuada são palcos para novos avanços de equipamentos com maior tecnologia embarcada. As grandes empresas não podem se dar ao luxo de ter equipamentos em número limítrofe a sua demanda. Os pequenos e médios produtores podem utilizar-se de equipamentos com a maior intercambiabilidade possível, optando pelos que sejam de fácil acoplamento às máquinas bases e permitam a eventual utilização em atividades concorrentes.

A cultura florestal brasileira é restrita a uma pequena parcela da sociedade e facilmente influenciável por interesses nem sempre ambientais. A exemplo, a contínua propagação de que o consumo de papel gera avanço no desmatamento. Essa é a maior demonstração do desconhecimento de causa dos promotores dessa campanha, que perderá força à medida que houver a divulgação maciça acerca das riquezas geradas por esse setor e pela consciência ambiental que ele tem expressado ao longo de anos.

Veremos uma nação disposta a expandir seus horizontes plantando árvores para preservar o meio ambiente, restaurando áreas degradadas, conservando o solo, protegendo a biodiversidade, contribuindo significativamente no sequestro de CO2.
As empresas florestais investem em educação, saúde e educação ambiental, gerando empregos diretos e a geração de renda indireta, por meio de projetos sólidos de fomento florestal.

Tudo isso pode facilmente ser comprovado, pois, do contrário, após 50 anos de atividade, encontraríamos hoje as áreas que foram destinadas ao plantio de florestas totalmente degradadas, destruídas e abandonadas; porém o que vemos são imensas áreas verdes, solo preservado e, em alguns casos, completamente restaurado, pois eram áreas degradadas quando do início das atividades florestais. Este é o efeito que contradiz todos os pensamentos equivocados acerca da atividade florestal. Que sejam coibidos e punidos todos os abusos, mas não restrinjamos a vocação natural de um gigante com apenas 50 anos. Dessa forma, o sentimento é somente um, o de que o futuro da floresta brasileira será verde, mas também amarelo.