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Sabrina de Branco

Gerente de Relações Institucionais da BSC - Bahia Specialty Cellulose

As-CP-17

Conservação ambiental e desenvolvimento
Graças aos elevadíssimos padrões de manejo com que são cultivadas, as florestas plantadas brasileiras estão entre as mais sustentáveis do mundo. É verdade que o negócio das empresas do setor de base florestal depende essencialmente do uso responsável dos recursos naturais para prosperar e se perpetuar; do contrário, empurradas pela degradação ambiental, essas organizações estariam fadadas ao fracasso e à dissolução dos seus negócios. 
 
Não importa se esse é ou não o grande estímulo – ou um deles – para um modelo de atuação que as nivele por cima em termos de inovação tecnológica, eficiência produtiva e respeito às comunidades vizinhas. Importa é que somos, como empresas desse setor, referências de como os grandes empreendimentos devem ser geridos, com atenção à sua responsabilidade para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico do País.

E isso é ótimo para todas as partes porque estamos sempre em busca de mitigar os impactos negativos e potencializar os ganhos que as atividades florestais podem trazer para o meio ambiente e a sociedade. Numa análise da atividade florestal no Brasil, a partir do tripé da sustentabilidade, cabe destacar que o setor florestal tem papel fundamental na conservação das florestas nativas e na restauração de áreas degradadas. Juntas, as empresas do setor florestal são responsáveis pela conservação de uma área de quase 6 milhões de hectares, incluindo áreas de restauração, Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
 
Do ponto de vista ambiental, o valor dessas propriedades é imensurável. Para se ter uma ideia, de todas as espécies ameaçadas de extinção no Brasil, 38% dos mamíferos e 41% das aves vivem em áreas sob os cuidados das empresas de reflorestamento. Conosco, elas não estão apenas protegidas; estão sendo utilizadas como valiosas fontes de pesquisa científica. 
 
É o caso, por exemplo, da BSC/Copener, no litoral norte e agreste da Bahia, onde o programa de monitoramento da biodiversidade levou à descoberta de novas ou raras espécies animais e vegetais nessa região. Além disso, estamos falando de empresas que, muitas vezes, superam voluntariamente a legislação ambiental no desempenho de suas atividades.

Uma evidência: pela atual legislação, para cada 1 hectare plantado, as organizações devem destinar 20% para a preservação ambiental. No entanto a maioria delas preserva mais do que o dobro disso: a média atual é, para cada 1 hectare plantado, cerca de 0,7 hectare é preservado. E mais: a maioria delas adota a técnica de paisagem mosaico, que mescla as plantações para fins industriais com vegetação nativa, criando enormes corredores ecológicos que se conectam entre si.
 
Que outro setor empresarial conseguiria se responsabilizar pela conservação ambiental em tão grande proporção?  Ainda na questão ambiental, as empresas de reflorestamento são peça-chave para o atingimento de uma das principais metas do Acordo Climático de Paris, firmado no fim de 2016, que é retirar da atmosfera o excesso de gás carbônico, maior responsável pelo aquecimento global.

O Brasil tem como meta reflorestar 12 milhões de hectares até 2030 e desenvolver sistemas agroflorestais integrados à agricultura e pecuária. Com altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a realização dos programas de restauração, as empresas já estão dando uma grande contribuição para o atingimento dessa meta.
 
Quando falamos em desenvolvimento social e econômico, nosso setor tem demonstrado uma forte relação de parceria e engajamento. São muitos os impactos positivos decorrentes das atividades de reflorestamento, a começar pela geração de milhares de postos de trabalho, capacitação de mão de obra local, qualificação e contratação de fornecedores locais, alta arrecadação de impostos e taxas por parte dos municípios nos quais essas empresas atuam, além da construção de novas estradas e manutenção de estradas já existentes, que também favorecem as comunidades que vivem nas áreas vizinhas às suas propriedades.
 
A partir do incentivo a programas de fomento florestal que envolvem pequenos produtores rurais, por exemplo, as grandes empresas contribuem para a geração de empregos, o incremento de renda familiar e a regularização ambiental das pequenas propriedades rurais. Outras atividades, como a apicultura e a produção de artesanato a partir de recursos encontrados em suas áreas, são incentivadas dentro de programas de responsabilidade social, ajudando a incrementar a renda da população local.

É importante destacar que o setor de reflorestamento para fins industriais atua em um mercado cada vez mais consciente e exigente com a sustentabilidade dos produtos comercializados, e, por isso, a sustentabilidade dos negócios tornou-se um caminho sem volta. Esse é um grande motivo para comemorarmos e nos preocuparmos em atuar de forma cada vez mais responsável, envolvendo e desenvolvendo nossos públicos estratégicos e investindo na melhoria contínua dos nossos processos.